terça-feira, 21 de julho de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

Dólar.............................Compra Venda Hora Var.%
Dolar Comercial - Corretora....1,898 1,900 09:12 -0,15
Dolar Paralelo SP.................1,820 2,040 20/7/2009 -1,44
Dolar Turismo SP.................1,800 2,020 20/7/2009 -1,46
Dolar Ptax - BACEN...............1,928 1,929 20/7/2009 -0,25

Google Moon leva a uma viagem em 3D pela Lua

Como uma homenagem aos 40 anos da chegada do homem à Lua, comemorada nesta segunda-feira, o Google anunciou um novo recurso, integrante da versão 5.0 do Google Earth, que permite explorar a paisagem lunar. O Google Moon tem como objetivo oferecer mais informações sobre a Lua em uma viagem em 3D.
Funcionando como um atlas interativo, com acervo formado a partir dos dados capturados pelo altímetro a laser Kaguya, o Google Moon permite que o internauta faça passeios guiados pelos astronautas Buzz Aldrin (da missão Apollo 11) e Jack Smith (Apollo 17).

Fotos panorâmicas de alta resolução e gravações que nunca haviam sido divulgadas de imagens da superfície lunar integram o novo recurso. Outro destaque são as "viagens conceituais", criadas pelas equipes que participam do Google Lunar X-Prize, a competição internacional que vai premiar com US$ 30 milhões a equipe que conseguir pousar um robô na Lua, fazer com que ele viaje 500 metros e mande imagens e dados para a Terra.

"Estamos fornecendo acesso sem precedentes a uma apresentação interativa em 3D das missões Apollo para centenas de milhões de pessoas em todo o mundo", disse Michael Weiss-Malik, gerente do produto no Google, em comunicado da empresa.

O Google Moon resulta do acordo firmado entre o Google e a Nasa, em 2006. "O anúncio de hoje torna ainda mais ampla a relação entre o Google e o Centro de pesquisa Ames da NASA", disse S. Pete Worden, diretor da agência espacial americana.

Para acessar o Google Moon, é preciso abrir o Google Earth 5.0 e alterar o modo de "Earth" (Terra) para "Moon" (Lua) na barra de ferramentas, na parte superior da tela. O Google Earth 5.0 pode ser baixado do site http://earth.google.com.br/moon.

Fornecedora diz que só enviou plástico a empresa de brasileiro


A empresa britânica de coleta de lixo Hills Waste Solutions Limited afirmou nesta segunda-feira que forneceu apenas plástico para reciclagem à companhia acusada pelo Ibama de enviar os contêineres contendo lixo com material tóxico ao Brasil.

A Polícia Federal está investigando a origem de 89 contêineres que foram encontrados nos portos de Santos (SP), Rio Grande (RS) e na alfândega de Caxias do Sul (RS) com centenas de toneladas de lixo. Entre o material encontrado, estariam pilhas, seringas, camisinhas e fraldas usadas.

Na semana passada, o Ibama havia dito que estuda alguma sanção internacional contra duas empresas britânicas acusadas de exportação do material para o Brasil - a Worldwide Biorecyclables e a UK Multiplas Recycling.

Um dos diretores das duas empresas, o brasileiro Julio da Costa, disse à BBC Brasil na sexta-feira que elas faziam apenas a prensagem do plástico recolhido por fornecedoras britânicas, entre elas a Hills Waste Solutions Limited.

Costa disse que a responsabilidade por qualquer outro material que tenha chegado ao Brasil seria da Hills e das demais fornecedoras. A Hills afirma que caberia à empresa de Costa a triagem para separar qualquer material plástico inadequado para reciclagem.

"Apenas plástico"
A Hills Waste Solutions afirma que realizou uma parceria em julho do ano passado, em caráter de teste, com o condado de Wiltshire, na Inglaterra, e a Worldwide Biorecyclables para coletar plástico para reciclagem e reprocessamento.

"O teste foi suspenso em março de 2009, quando a Worldwide Biorecyclables parou de operar", afirma uma nota divulgada pela Hills. "Durante os testes, cerca de 700 t de plástico rígido depositado pela população nos centros de reciclagem, foram enviados à Worldwide Biorecyclables (...) em Swindon."

A fornecedora britânica diz que, durante o teste, funcionários treinados orientaram as pessoas sobre como depositar corretamente o lixo plástico nas caçambas de reciclagem. "O plástico rígido coletado nos centros era transportado para a Worldwide Biorecyclable para triagem, compactação e prensagem."

"A Hills Waste Solutions forneceu apenas plástico rígido para reciclagem e reprocessamento à Worldwide Biorecyclables. A Hills Waste Solutions forneceu caçambas especiais à Worldwide Biorecyclables para que ela devolvesse qualquer lixo plástico que não fosse apropriado."

A Hills diz que o material prensado foi então enviado pela Worldwide Biorecyclables para o Brasil.

"Faxineiro"
Julio da Costa disse à BBC Brasil na sexta-feira que os contêineres que foram enviados ao Brasil acabaram levando à falência suas duas empresas - a Worldwide Recyclables e a Uk Multiplas Recycling. Ele diz que, por não ter recebido pagamento da empresa brasileira que comprou os contêineres, teve de fechar suas empresas.

Em contato com a BBC Brasil no fim de semana, Costa disse que está trabalhando como "cleaner" (faxineiro), sua profissão anterior à abertura das empresas. Ele voltou a acusar as fornecedoras britânicas. "O lixo que foi no meio (dos contêineres) não foi de propósito, mas sim um descuido das empresas que nos forneceram, e com certeza as autoridades vão apurar", afirmou.

O governo britânico abriu uma investigação sobre o caso. A agência ambiental do governo britânico disse nesta segunda-feira que está aguardando mais informações sobre os contêineres por parte do governo brasileiro, por meio da embaixada britânica no Brasil.

O governo britânico estuda a possibilidade de pagar pelo repatriamento dos contêineres com lixo.

Doações para políticos sob suspeita

Rio - Cerca de 1,8 mil empresas, entidades e pessoas físicas do Rio, que fizeram doações supostamente irregulares para políticos nas eleições de 2006, terão de se explicar à Justiça Eleitoral. A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) já ajuizou 302 ações e está preparando outras 200 para punir os doadores. Já houve uma sentença favorável do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o Instituto Collunas de Terapia Integradas, do Rio. A entidade foi multada em cerca de R$ 28 mil, por ter doado valores acima do limite legal para a candidatura a deputado estadual do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PT). O instituto ainda pode recorrer.

Entre os doadores sob suspeita estão a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Os dois órgãos integram o seleto grupo dos que doaram mais de R$ 100 mil acima do limite legal. Segundo a procuradora regional eleitoral do Rio, Silvana Batini, pela legislação, as doações de empresas para campanhas não podem superar 2% do faturamento do ano anterior. O limite para as pessoas físicas é de 10% dos rendimentos brutos.

A CBF e o IBS demonstraram surpresa. As duas entidades alegaram que só fizeram doações dentro das regras da legislação eleitoral. Elas informaram que ainda não foram notificadas pelo TRE. Entre os beneficiados pela CBF está a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ela recebeu R$ 100 mil da CBF. José Sarney também aparece como beneficiário de outra empresa acusada de exceder o limite de doação. Ele recebeu R$ 20 mil da Emport Portuária Ltda.

Apoio da Receita Federal

A ação da Procuradoria Eleitoral é inédita e está sendo feita em todo o País. Os nomes dos doadores foram obtidos pelo cruzamento de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a Receita Federal. Segundo a procuradora Silvana Batini, os dados das eleições de 2008 também estão sendo analisados. Ela explica que as ações não são contra políticos, mas contra doadores. Há casos de doações de mais de R$ 1 milhão acima do limite legal.

Senado vai investigar contratação sem concurso

A primeira-secretaria do Senado vai investigar a denúncia de contratação de 82 estagiários da gráfica da Casa como servidores efetivos, sem concurso. Nomeações ocorreram em 1992, quando o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia era diretor executivo da gráfica.

O Senado usou os atos secretos para conceder gratificações com datas retroativas aos seus funcionários. Na prática, há servidor que recebeu até seis meses de bônus sem ter trabalhado por isso. Em agosto de 2007, por exemplo, cinco servidores da Secretaria de Estágios foram promovidos, por meio de gratificações, com efeito a partir de dezembro de 2006. Os atos são assinados pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia. Sua mulher, Sânzia Maia, dirigia, na época, o setor de estágios.

Aluguel que vence em agosto pode ficar mais barato

Inquilinos com contratos que vencem em agosto, e com correção pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), podem ter o valor do aluguel reduzido. Isto deve ocorrer se a tendência de deflação do indicador se mantiver em julho, conforme previsto pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na primeira e segunda prévias deste mês, a taxa teve variação negativa (deflação) e com o resultado apresentou queda no acumulado dos últimos 12 meses.

De acordo com o Secovi-Rio, o reajuste do aluguel deve respeitar a variação do índice escolhido - o mais utilizado nos contratos de aluguel é exatamente o IGP-M dos 12 meses anteriores. E ele deve ser respeitado pelos proprietários - tendo alta ou baixa no período.

O sindicato patronal explica que os contratos indexados pelo IGP-M tiveram queda em maio de 2006, quando o indicador teve queda de 0,92% no acumulado de um ano. Ainda segundo o Secovi, no Rio de Janeiro, cerca de 85% dos contratos são reajustados pelo IGP-M, 10% pelo IGP-DI e o restante por outros índices.

Assim, caso a tendência de variação negativa do indicador se mantenha em julho, a maioria dos contratos de aluguel com vencimento em agosto devem ter os valores reduzidos. Por exemplo, um contrato no valor de R$ 700 deve cair para R$ 696,43, se aplicada a variação dos últimos 12 meses informada na segunda prévia de julho (-0,51%).

Para os contratos que terão reajuste em julho (que levam em consideração o indicador até junho) a variação é positiva de 1,52%. A maioria dos locadores adotam o IGP-M como indexador dos contratos porque o índice avalia os preços do mercado. Entre seus componentes estão os preços por atacado (IPA), os preços ao consumidor (IPC) e os custos da construção (INCC).

Morte por bala perdida supera 2008

O número de pessoas mortas por balas perdidas no Estado do Rio de Janeiro este ano já supera o registrado oficialmente em todo o ano passado pela Secretaria de Segurança Pública.

Um levantamento feito pelo JB com base em casos que vieram a público revela que, em sete meses incompletos em 2009, houve pelo menos 18 vítimas fatais. Em 2008, o Instituto de Segurança Pública (ISP) informou 16 mortes.

A Secretaria de Segurança informou que só tem computados os números de janeiro a março, que indicam apenas três óbitos por balas perdidas.

A última vítima foi William Moreira da Silva, de 11 anos. Na tarde deste domingo, ele soltava pipa em uma fábrica no Morro do Chaves, em Barros Filho (subúrbio) quando foi atingido na cabeça. Moradores acusaram PMs de entrarem na favela atirando. A corporação nega. Ele foi a quarta morte só este mês.

Dos 18 casos computados pelo JB, sete deles se trataram de crianças ou adolescentes com menos de 15 anos. Uma destas vítimas, por exemplo, Marta Cristina da Silva, de 14 anos, estava grávida de quatro meses quando foi morta, em fevereiro, durante tiroteio no Engenho da Rainha.

Alguns casos continuam sem solução. Um deles é o da estudante Juliana Chaves Lins da Silva, de apenas 14 anos. No início de fevereiro, ela foi atingida na cabeça por um tiro de fuzil quando estava dentro da quadra da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, em Ra mos. A investigação ainda não foi concluída mas policiais acreditam que não descobrirão a autoria.

Permanece indefinida também a morte da universitária Taiane Monteiro de Lima, 21 anos. Ela morreu em abril, após ser baleada quando estava em um churrasco na Saúde (zona portuária). A polícia informou que a bala teria vindo do Morro da Providência, mas os depoimentos não trouxeram nenhuma evidência sobre a autoria.

Para a socióloga Silvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), esse aumento no número de casos ocorre porque não existe uma cultura dentro da polícia de que o mais importante durante uma ação é proteger a vida e não de prender um criminoso.

– Os policiais vão ávidos para a rua combater o crime e esquecem que o mais importante é a vida. E, em sua maioria, são policiais de bem – opinou.

Silvia declarou que os bandidos são incontroláveis mas que, em relação aos policiais, há condições de controlar os excessos.

– Não há controle sobre os bandidos. As pessoas já sabem o que eles fazem. Já quanto aos policiais, há medo quando não estão e quando estão.

Dos 18 casos computados pelo JB, em ao menos sete, havia confrontos entre policiais e criminosos. Dezesseis mortes aconteceram na capital, uma em Volta Redonda e outra em São Gonçalo. No Rio, 13 foram nas Zona Norte e Oeste e três na região central da cidade.