quinta-feira, 18 de junho de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

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Chrysler vai retomar produção em fábricas na América do Norte

A Chrysler afirmou nesta quarta-feira que irá retomar a produção em sete fábricas na América do Norte até o final do mês. É a primeira retomada em grande escala da produção da montadora desde que a Fiat, junto a outras empresas, comprou ações da Chrysler no começo de junho.

A Chrysler informou que quatro das fábricas estão nos Estados Unidos, sendo duas do Estado do Michigan, uma em Ohio, e uma no Missouri. Duas outras fábricas estão em Ontario, no Canadá, e uma em Toluca, no México.

As fábricas devem recomeçar a produção na semana do dia 29 de junho, afirmou a Chrysler. A montadora havia suspendido sua produção durante a época em que estava em concordata.

O governo do presidente americano, Barack Obama, dirigiu o processo acelerado de reestruturação da Chrysler, que entrou com o pedido de concordata no dia 30 de abril.

A montadora italiana Fiat liderou o grupo de empresas que comprou a maior parte dos ativos da Chrysler. Entre os acionistas da nova Chrysler também estão fundo de assistência médica ligado ao sindicato, que mantém uma grande parte dos ativos, e os governos dos EUA e do Canadá, que possuem participação menor.

Fábricas que fornecem peças à linha de produção, também voltarão a operar. A linha de produção da Chrysler em Conner Avenue, que fabrica o modelo Dodge Viper, retomou sua produção no último dia 15.

Mas as fábricas voltarão a ser fechadas logo, durante as férias de duas semanas pré-anunciadas em meados de julho, afirmou a Chrysler.

Argentina tem 47 novos casos da gripe suína

As autoridades de saúde da Argentina informaram nesta quarta-feira que foram registrados 47 novos casos da gripe, com o que chega a 918 o total de infectados no país, onde também morreram quatro pessoas pela doença.

O Ministério da Saúde indicou em comunicado que o caso das 15 pessoas internadas com o vírus, 12 delas em unidades de tratamento intensivo, "não teve mudanças" nesta quarta-feira.

O vice-ministro da Saúde, Carlos Soratti, negou hoje que as quatro mortes registradas nos últimos dias pela doença signifiquem que haja "um vírus mais agressivo" que ingressou no país.

Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

Gaza foi utilizada para teste de armas, diz analista

O território palestino de Gaza se tornou "um lugar de testes de armas da indústria militar" durante a última ofensiva israelense na área, denunciou nesta quarta-feira um representante de uma organização civil.

O analista Jean-François Fechino disse, em entrevista coletiva, que conta com evidências que apontam a utilização de urânio empobrecido e outras armas letais, nos enfrentamentos ocorridos entre o dia 27 de dezembro e 18 de janeiro. "Gaza parece ter se tornado um grande campo de experimentação para os laboratórios das indústrias armamentistas americana e israelense", declarou Fechino.

O analista reconheceu, no entanto, que o uso destas armas não faz parte de nenhum acordo internacional aplicável a situações de guerra. Fechino afirmou, além disso, que as forças israelenses utilizaram bombas de fósforo como armas ofensivas e não para cobrir seus movimentos, como declararam.

O analista considerou que poderia haver até 75 toneladas de urânio empobrecido no solo de Gaza, o que implica a possibilidade de radiação. A radiação pode provocar diferentes tipos de câncer e o nascimento de bebês com genes modificados.

Fechino ressaltou, além disso, que "é preciso acrescentar os crimes ambientais aos cometidos durante a guerra em Gaza". Ele participou de uma missão de pesquisa em Gaza no início de abril, a pedido da Comissão Árabe de Direitos Humanos.

STF aprova fim da exigência do diploma de jornalista

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, por oito votos a um, pelo fim da exigência ao diploma de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Os ministros acolheram o recurso ajuizado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF) contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que tinha afirmado a necessidade do diploma.

Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello acompanharam o voto do presidente do STF, Gilmar Mendes, que relatou a matéria. Apenas o ministro Marco Aurélio foi contrário. Os ministros Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não participaram do julgamento.

Mendes afirmou que a Constituição Federal de 1988, ao garantir a ampla liberdade de expressão, não recepcionou o decreto-lei 972/69, que exigia o diploma.

"É fácil perceber que formação específica em curso não é meio idôneo suficiente para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros", afirmou Mendes em seu voto. Em sua argumentação, o presidente do STF fez alusão ao exercício profissional da culinária: "um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área".

Mendes citou várias pessoas ilustres que exerceram a profissão sem diploma no curso e salientou que o jornalismo se diferencia por uma estreita vinculação ao exercício pleno das liberdades de expressão e informação. "O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada", afirmou Mendes.

"Nesse campo, a salvaguarda das salvaguardas da sociedade é não restringir nada. Quem quiser se profissionalizar como jornalista é livre para fazê-lo, porém esses profissionais não exaurem a atividade jornalística. Ela se disponibiliza para os vocacionados, para os que têm intimidade com a palavra", afirmou o ministro Ayres Britto ao acompanhar a decisão do relator.

O ministro Cezar Peluso disse que experiências de outros países demonstram que o jornalismo sempre pôde ser bem exercido sem qualquer exigência de formação universitária. "Não existe no exercício do jornalismo nenhum risco que decorra do desconhecimento de alguma verdade científica", afirmou.

Após garantida a maioria, o ministro Marco Aurélio Mello proferiu voto contrário ao fim da exigência do diploma, sustentando que são necessários conhecimentos técnicos para o exercício da profissão. Ele ressaltou que várias pessoas entraram na faculdade de Jornalismo acreditando que exerceriam uma profissão regulamentada.

Câmara: profissional só pode dirigir 4 horas em rodovia

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um projeto que limita a, no máximo, quatro horas ininterruptas o tempo de direção do motorista de caminhão ou ônibus trafegando em rodovia. A proposta segue para sanção presidencial. As informações são da Agência Câmara.

Pelo texto aprovado, o motorista deverá descansar, pelo menos, 30 minutos, de forma contínua ou de modo descontínuo, ao longo de quatro horas dirigidas.

Os deputados aprovaram também um destaque do PV que retira do texto a exigência de descanso ininterrupto de dez horas dentro de um período de 24 horas. A intenção é manter, para o setor, a regra válida para todos os trabalhadores com carteira assinada que determina o descanso de 11 horas para todos os trabalhadores entre duas jornadas de trabalho.

Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, somente em 2007 estiveram envolvidos em acidentes nas rodovias federais mais 78 mil veículos de carga e 8 mil coletivos. Pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego aponta a jornada excessiva de trabalho dos caminhoneiros como fator de aumento no número de acidentes nas rodovias brasileiras.

A pesquisa, feita no fim de 2007, também associou como causa desses acidentes o uso de anfetamina - substância que os caminhoneiros ingerem para permanecer acordados e conseguir trabalhar por mais horas seguidas.

Equipe diz ter recolhido mais corpos e destroços do AF 447


Os comandos da Marinha e da Aeronáutica anunciaram no início da noite desta quarta-feira que o navio-anfíbio Mistral, da Marinha francesa, recolheu partes de corpos de vítimas do acidente com o voo AF 447. Elas foram encontradas a cerca de 1.450 km da cidade do Recife. Destroços e bagagens também foram retirados do mar.

A Aeronáutica disse que não é possível dizer se as partes de corpos são de uma ou mais vítimas do acidente. Segundo o tenente-coronel Henry Munhoz, apenas a perícia inicial feita em Fernando de Noronha poderá responder a essa pergunta. As partes de corpos serão armazenadas na câmara frigorífica do navio-tanque Gastão Mota.

Nesta tarde, um avião C-130 Hércules pousou em Recife conduzindo os seis corpos que estavam em Fernando de Noronha. Eles foram entregues ao Instituto Médico Legal, a fim de que sejam concluídos os trabalhos de identificação. Com isso, chega a 49 o número de corpos no Instituto de Medicina Legal do Recife. O corpo resgatado ontem ainda está a bordo do navio-tanque.

A Corveta Caboclo, que tem destroços e bagagens a bordo, deve chegar ao porto de Recife no dia 19 de junho, quando irá transferir para os representantes da Comissão de Investigação francesa (BEA) todo esse material. Hoje foi realizada, por telefone, a reunião entre os coordenadores das equipes de busca para definir detalhes logísticos da operação. Até o momento, a Aeronáutica e a Marinha têm capacidade para prosseguir nas buscas até o dia 25 de junho. No dia 19 de junho será realizada uma nova reunião, dessa vez presencial, com a presença de todos os responsáveis pela operação de buscas.

O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).