O território palestino de Gaza se tornou "um lugar de testes de armas da indústria militar" durante a última ofensiva israelense na área, denunciou nesta quarta-feira um representante de uma organização civil.
O analista Jean-François Fechino disse, em entrevista coletiva, que conta com evidências que apontam a utilização de urânio empobrecido e outras armas letais, nos enfrentamentos ocorridos entre o dia 27 de dezembro e 18 de janeiro. "Gaza parece ter se tornado um grande campo de experimentação para os laboratórios das indústrias armamentistas americana e israelense", declarou Fechino.
O analista reconheceu, no entanto, que o uso destas armas não faz parte de nenhum acordo internacional aplicável a situações de guerra. Fechino afirmou, além disso, que as forças israelenses utilizaram bombas de fósforo como armas ofensivas e não para cobrir seus movimentos, como declararam.
O analista considerou que poderia haver até 75 toneladas de urânio empobrecido no solo de Gaza, o que implica a possibilidade de radiação. A radiação pode provocar diferentes tipos de câncer e o nascimento de bebês com genes modificados.
Fechino ressaltou, além disso, que "é preciso acrescentar os crimes ambientais aos cometidos durante a guerra em Gaza". Ele participou de uma missão de pesquisa em Gaza no início de abril, a pedido da Comissão Árabe de Direitos Humanos.
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