quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

Dólar.............................Compra Venda Hora Var.%
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Dolar Turismo SP.................2,190 2,430 16:09 +2,10
Dolar Ptax - BACEN...............2,271 2,272 18:51 +0,17

Dez Estados respondem por 91% das exportações do agronegócio

Dez Estados brasileiros foram responsáveis por 91% dos cerca de US$ 71,8 bilhões exportados pelo agronegócio nacional em 2008. A lista é encabeçada por São Paulo, que vendeu US$ 15,7 bilhões, aumentando em 8,7% o valor exportado em 2007. Com esse desempenho, os produtores paulistas responderam por 21,85% de todas as vendas.

Em seguida vêm o Rio Grande do Sul e o Paraná. Os gaúchos exportaram US$ 10,6 bilhões, resultado mais de 20% superior ao de 2007, enquanto os paranaenses venderam US$ 10,2 bilhões, resultado 30% maior que o registrado no ano anterior.

Seguindo a lista, divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aparecem Mato Grosso (US$ 7,7 bilhões); Minas Gerais (US$ 5,9 bilhões); Santa Catarina (US$ 5,1 bilhões); Bahia (US$ 3,3 bilhões); Goiás (US$ 3,1 bilhões); Espírito Santo (US$ 1,9 bilhão) e Mato Grosso do Sul (US$ 1,7 bilhão). Alguns Estados, apesar de apresentarem valores bem menores, se destacaram no ano passado pelo aumento expressivo das exportações.

O Estado do Piauí, por exemplo, vendeu para o exterior, em produtos do agronegócio, cerca de 193% a mais do que em 2007, alcançando US$ 129 milhões. O Tocantins, com US$ 154 milhões, superou em 93% sua marca anterior, resultado pouco superior aos 91% de aumento registrados pelo Distrito Federal, que exportou US$ 141 milhões.

O Ministro da Agricultura informou também que o governo chinês já publicou a relação dos 22 abatedouros brasileiros habilitados a exportar carne de frango in natura para a China. "Esta é a última etapa dos entendimentos, na área sanitária, para o restabelecimento do comércio carne de frango in natura com a China. É a consolidação de um mercado muito significativo para o Brasil", afirmou, em nota, o secretário de Defesa Sanitária do ministério, Inácio Kroetz.

Com a habilitação, que ocorreu no início de dezembro e foi oficializada agora, o governo e os produtores brasileiros esperam consolidar e expandir um mercado de que ainda não se conhecem as dimensões, mas é apontado como o que mais cresceu nos últimos 20 anos. A partir dessa medida, as empresas brasileiras poderão iniciar negociações com importadores chineses.

Novo sistema leva ciclistas para a era eletrônica


A bicicleta, uma máquina de tração humana por excelência, vai entrar na longa lista de aparelhos que trocaram o manual pelo eletrônico quando um novo sistema de marchas fizer sua estréia no fim de semana do Tour da Califórnia.

Embora o câmbio descarrilador a bateria da Shimano prometa levar facilidade e precisão à mudança de marchas, que acontece ao leve toque de dois botões, a preocupação dos tradicionalistas é se o aparelho pode erodir os princípios básicos do esporte.

"As pessoas escolhem a bicicleta precisamente porque seu movimento exige apenas esforço humano, e nada poderia ser mais simples, independente e autônomo," escreveu Raymond Henry, um historiador do ciclismo de Saint Etienne, França, em uma mensagem de e-mail. "Qualquer fonte externa de energia, não importa quão fraca, vai contra essa filosofia."

Se o sistema de câmbio vai se tornar o novo iPod e redefinir a tecnologia do ciclismo ou acabar como a versão do esporte da fita de oito faixas, isso dependerá de inúmeros fatores, os mais óbvios sendo desempenho, confiabilidade e custo.

Duas versões anteriores da mudança eletrônica de marcha, da companhia francesa Mavic, falhavam com freqüência na chuva. E outra companhia, Campagnolo, adiou o lançamento de sua versão devido à desaceleração econômica.

A versão da Shimano, conhecida como Dura-Ace Di2 7970, está sendo usada por três equipes profissionais competindo na Califórnia: Columbia High Road, Garmin Slipstream e Rabobank. Cerca de 10 ciclistas correrão com o sistema, apesar de terem usado o aparelho em apenas um ou dois treinos desde que o receberam no final da semana passada.

Bob Stapleton, proprietário e gerente geral da Columbia, disse que muitos de seus ciclistas tinham dúvidas sobre o uso de bicicletas que podem literalmente ficar sem bateria. O sistema Di2 não tem ativação manual caso a bateria acabe. Isso pode ser irritante ou desastroso, dependendo do terreno e da relação de transmissão que a bicicleta estiver. A Shimano estima que a bateria dure cerca de 1,6 mil quilômetro por carga.

"Suas carreiras podem ser definidas pelos resultados de uma única corrida," disse Stapleton sobre seus corredores. "Portanto, eles priorizam a confiabilidade acima de tudo."

Stapleton, um experiente ciclista amador, tem usado extensivamente o sistema Di2 e é um convertido.

"Acho que toda bicicleta top de linha vai ter um daqui a três anos, talvez menos," disse, acrescentando que o sistema também elimina boa parte da manutenção exigida por sistemas mecânicos.

Um conjunto completo de peças com marchas eletrônicas vai custar cerca de US$ 1.250 a mais do que a última versão mecânica, vendida por cerca de US$ 2.750. O custo de atualizar um sistema Shimano deverá ficar em torno de US$ 2,2 mil. O sistema vai funcionar em praticamente todas as bicicletas de corrida.

Este ano, a Gian, maior fabricante de bicicletas do mundo, vai oferecer uma bicicleta projetada para usar apenas partes eletrônicas por cerca de US$ 14 mil, que inclui o custo do Di2. Se os consumidores aceitarem bem o aparelho, ele provavelmente vai seguir o padrão de outros eletrônicos e baixar de preço significativamente com o tempo.

A tecnologia de mudança eletrônica de marchas passou por um longo tempo de desenvolvimento. Protótipos do primeiro sistema da Mavic, o Zap, fizeram uma breve aparição no Tour de France de 1992 e a companhia lançou sua segunda tentativa, o Mektronic, em 1999.

Tanto Shimano, que está para as peças de bicicleta como a Microsoft está para o software de computador, quanto sua respeitável competidora italiana Campagnolo passaram boa parte desta década testando protótipos do sistema em bicicletas de corredores profissionais. Os protótipos não costumavam ostentar marcas, provavelmente para limitar o constrangimento de resultados infelizes como os do Zap.

Os sistemas da Campagnolo e da Shimano compartilham o projeto básico de descarriladores mecânicos. Um paralelogramo move a corrente para trás ou para frente e, na parte de traseira, há duas rodas que mantêm a corrente firme.

Dois botões eletrônicos atrás da alavanca do freio permitem que o ciclista mude de marcha. Um leve toque em qualquer um dos botões do Di2 envia um sinal eletrônico através de um fio até um pequeno motor dentro do câmbio descarrilador, movendo a corrente com o giro de uma engrenagem helicoidal. Mesmo Devin Walton, porta-voz da Shimano, reconhece que no descarrilador traseiro há pouca ou nenhuma diferença na mudança de marchas entre as opções eletrônica ou mecânica da companhia.

Os ganhos ficam mais óbvios, entretanto, no descarrilador frontal, que move a corrente entre os dois grandes anéis dentados na manivela da bicicleta.

Isso é possível em parte porque o descarrilador eletrônico frontal é capaz de realizar reajustes constantes para refletir as mudanças da posição da corrente causadas pelo descarrilador traseiro, usado com maior freqüência. Isso permite que o frontal use um mecanismo de mudança de marcha mais eficiente, um que poderia até mesmo deixar ciclistas distraídos sem os inoportunos ajustes de um sistema mecânico.

A Campagnolo acredita em seu sistema eletrônico e espera por uma recuperação econômica antes de lançá-lo. "Recebemos respostas extremamente positivas sobre a rapidez, precisão e facilidade da mudança de marchas," disse Lerrj Piazza, porta-voz da Campagnolo.

Como as equipes de ciclismo dependem do patrocínio de empresas como Shimano para sua sobrevivência financeira, muitos ciclistas demonstraram relutância em discutir suas preocupações acerca do sistema, que incluem a possibilidade de falhas na bateria e a dificuldade de mudar marchas usando luvas devido aos pequenos e sensíveis botões. Mas após alguns treinos, George Hincapie, da Columbia, disse concordar com o proprietário da equipe, Stapleton, sobre seus méritos.

"A marcha é impressionante," disse. "Fiquei impressionado no momento em que experimentei."

A ação do sistema eletrônico é tão desprovida de esforço que, comparada às alavancas mecânicas, deixa o usuário se sentindo quase desconectado da bicicleta.

Após experimentar o sistema, Jonathan Vaughters, chefe-executivo da Garmin Slipstream, prevê que ele será inicialmente mais comum em bicicletas especiais para corridas de tempo e triatlos. Vaughters, ex-ciclista profissional, acredita que boa parte da margem de dois segundos com que Chris Boardman ganhou a corrida de abertura do Tour de France de 1997 se deveu ao descarrilador eletrônico Mavic que usava. O aparelho, que funcionou nos 7,3 quilômetros da corrida, permitiu que Boardman mantivesse sua posição aerodinâmica mesmo enquanto trocava marchas.

Se o Di2 se provar confiável e um sucesso no mercado, não espere por uma transmissão automática a seguir. Walton diz que um sistema desse tipo, pelo menos para bicicletas de corrida, precisaria analisar o estado físico de um ciclista, além de ler sua mente.

"Não há como o sistema saber quando você vai disparar," disse Walton. "Em uma competição, você precisa estar no controle."

Exportação de carne suína sobe 30,4% em janeiro, diz Abipecs

As exportações de carne suína do Brasil aumentaram 30,4% em janeiro sobre o mesmo período do ano passado, para 37,8 mil t, informou nesta segunda-feira a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Os dados são semelhantes aos informados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) no início do mês.

A receita com as exportações no mês passado totalizou US$ 75,37 milhões, um crescimento de 12,05% ante janeiro de 2008.

O preço médio do produto exportado caiu 14,1% ante janeiro de 2008, para US$ 1.994 por t.

Em volume, as exportações voltaram a crescer após dois meses seguidos, mas é "muito cedo para falar do futuro", avaliou o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto.

"A queda em novembro e dezembro, resultado da crise que afetou os principais mercados de destino da carne suína brasileira, e a tragédia climática no porto de Itajaí certamente reduziram os estoques do produto nacional nos países consumidores. Agora o fluxo pode estar se regularizando", comentou o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto.

"Mas é preciso aguardar as próximas semanas para verificarmos se o comportamento da demanda externa se manterá estável", acrescentou.

O destaque positivo do mês passado foi a Rússia, principal mercado para a carne suína brasileira, para onde os embarques somaram 14,69 mil t em janeiro, ou US$ 29,83 milhões, um aumento de 62,28% em volume e de 9,67% em receita na comparação com janeiro de 2008.

As exportações para Hong Kong, segundo mercado consumidor do produto, também cresceram, 30,7% ante janeiro de 2008, para 10,55 mil t (receita de US$ 19,79 milhões).

Consumo Interno
Apesar de as exportações terem crescido, o consumo de carne suína está apresentando queda no Brasil, uma baixa sazonal no primeiro trimestre.

Isso acarretou queda do preço das carnes e do suíno vivo com reflexo nas regiões produtoras.

Por isso, a associação quer uma redução na oferta de animais, uma vez que ainda não é possível dizer se os embarques manterão nos próximos meses a tendência de janeiro.

"A Abipecs vem orientando seus associados a reduzirem o peso de abate dos animais e a realizarem abate qualificado de matrizes em um esforço de diminuição da produção em 2009", afirmou Camargo Neto na nota.

Brasil deve liberar trigo russo para importação

Uma delegação agrícola do Brasil em Moscou deve recomendar a eliminação de barreiras sanitárias para os embarques de trigo russo ao Brasil, afirmou na terça-feira uma autoridade do Ministério da Agricultura.

O Brasil normalmente importa da Argentina a tarifa zero 90% do trigo que compra no exterior. Mas a safra argentina caiu pela metade e o País está restringindo as exportações.

Assim o Brasil deve se voltar para a América do Norte, mais provavelmente o Canadá, em busca de um milhão de t de trigo em meados de 2009.

Os Estados Unidos e o Canadá são os outros dois únicos países de fora do Mercosul cujas barreiras sanitárias foram eliminadas para exportação de trigo ao Brasil. A América do Norte embarcou mais de um milhão de toneladas ao Brasil em 2008.

Mas aparentemente a Rússia parece estar próxima de conseguir a liberação para embarcar sua safra ao Brasil.

"A delegação em Moscou deve agora recomendar a aprovação da Rússia como possível fonte de trigo para os importadores brasileiros", disse o coordenador-geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese.

"A maior parte do trigo russo, entretanto, é do tipo soft, e o Rio Grande do Sul já produz quantidade suficiente disso. Precisamos de trigo duro. A Rússia tem um pouco. Teremos que ver quanto e de que qualidade", completou ele.

Farnese explicou que, quando o governo liberar o trigo russo, representantes das processadoras e importadoras locais viajarão para a Rússia para investigar a qualidade do trigo e fazer contatos.

Na semana passada, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, afirmou que o governo iria abrir uma cota livre de tarifa para o trigo fora do Mercosul a partir de março.

O Brasil tem uma tarifa comum de importação de 10% para grãos com origem fora do Mercosul. Um representante do setor de grãos da Rússia disse duvidar de que o Brasil vá importar muito trigo da Rússia.

"Não acredito em grandes embarques de nosso trigo para o Brasil", disse Arkady Zlochevsky, chefe da União Russa de Grãos.

Ele destacou o elevado custo do frete como principal motivo. O índice do Báltico , referência para custos de fretes, tem subido rapidamente depois das mínimas atingidas nos últimos meses.

"Parece que a janela de oportunidade não vai se abrir à Rússia com a queda da tarifa, já que as taxas de frete estão subindo", disse ele. "Mas pode haver alguns embarques comerciais".

Conquistar o acesso a um dos maiores mercados importadores de trigo do mundo é certamente do interesse comercial da Rússia. O país colheu um recorde de 63,75 milhões de t em 2008.

Exportações sul-coreanas têm queda recorde em janeiro

As exportações sul-coreanas tiveram a maior queda de sua história em janeiro, com redução de 32,8% sobre o resultado do mesmo mês do ano anterior, informou nesta segunda-feira o governo do país. A notícia coloca mais pressão sobre o banco central da Coréia do Sul para um novo corte nas taxas de juros para reanimar a quarta maior economia da Ásia.

O resultado do país, a primeira das grandes economias asiáticas a reportar o resultado de sua balança comercial de janeiro, é uma espécie de prévia do estado da demanda global. Além da queda nas exportações, os sul-coreanos também registraram uma redução de 32,1% nas importações, enquanto os consumidores apertam o cinto para enfrentar a crise.

Japão, China e outras economias dependentes de exportações já reportaram um colapso em suas balanças comerciais nos meses recentes, especialmente com a indústria tecnológica atingida fortemente pela queda na demanda por parte dos consumidores nos Estados Unidos e Europa.

Plano de estímulo marca princípio do fim da crise, diz Obama


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta terça-feira, em Denver, o plano de estímulo econômico aprovado por deputados e senadores na última semana. Segundo ele, o pacote "marca o princípio do fim (da crise)".

"Começamos o trabalho essencial para manter o sonho americano vivo", disse Obama na cerimônia de assinatura do plano de cerca de US$ 787 bilhões.

Pelo plano, segundo Obama, serão criados milhões de empregos. Cerca de 400 mil americanos devem ser contratados para a reconstrução de estradas e pontes do país. "Estamos colocando americanos para trabalhar, fazendo trabalhos que os Estados Unidos precisam que sejam feitos", afirmou ele.

Apesar disso, o presidente Obama alertou que "não será fácil" sair da crise. "Não vou pretender que este dia marque o fim de nossos problemas econômicos. O plano também não representa a totalidade do que deveríamos fazer para reverter a situação econômica", declarou Obama pouco antes de assinar o texto.

O Senado o havia aprovado na sexta-feira passada por 60 votos contra 38, horas depois de a Câmara de Representantes (deputados) tê-lo validado por 246 votos contra 183, abrindo o caminho para que Obama assinasse o projeto de lei mais ou menos no prazo que o democrata queria.

No discurso feito logo depois, o presidente prometeu gastar o dinheiro dos contribuintes "com uma responsabilidade e transparência sem precedentes".

Também anunciou que assim que o plano for colocado em prática, um novo site (recovery.gov) permitirá a todos os americanos acompanhar para onde vai seu dinheiro, além de possibilitar comentários e perguntas.

"Para que nosso plano tenha sucesso, devemos estabilizar, reparar e reformar nosso sistema bancário, reativar o fluxo de crédito para as famílias e os comércios", havia dito Obama.

"Devemos redigir e fazer respeitar novas regras, para que especuladores inescrupulosos não voltem a minar nunca mais nossa economia", completou.