sexta-feira, 22 de maio de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

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Feirão da Caixa começa em SP com imóveis a partir de R$ 30 mil

Começa nesta quinta-feira em São Paulo o 5º Feirão da Casa Própria promovido pela Caixa Econômica Federal na cidade. O evento oferece cerca de 100 mil imóveis entre R$ 30 mil e R$ 1,5 milhão, para quem quer morar tanto na capital como na Grande São Paulo. Participam 130 construtoras e 133 imobiliárias, além da prefeitura, do governo do Estado e dos cartórios. Na última semana, a feira foi realizada no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Uberlândia e Curitiba.

Segundo o banco federal, 38.589 imóveis apresentados no evento são novos ou em construção e 62 mil são usados. A instituição estima que cerca de 150 mil pessoas passarão pelo Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul da capital paulista, até o domingo. Além disso, a Caixa espera aumentar em 10% o volume de negócios encaminhados, que alcançou 21,5 mil no ano passado, com um volume de recursos da ordem de R$ 1,4 bilhão.

Aproximadamente 1,2 mil empregados da Caixa prestam atendimento para esclarecer as modalidades de financiamento que podem chegar a até 100% do imóvel, em um prazo de 30 anos. As taxas de juros variam entre 4,5% e 11% ao ano. Quem tiver renda familiar entre três e dez salários mínimos também pode se beneficiar com os incentivos do programa habitacional do governo (Minha Casa, Minha Vida). Para famílias que ganham até três salários, as inscrições no programa não serão feitas no local, apenas pela prefeitura.

Durante o evento, é possível fechar o negócio e dar entrada nos papéis do financiamento. Para agilizar a aquisição da casa própria, a Caixa recomenda que o candidato a um financiamento leve documento de identidade, CPF e comprovante de renda (três últimos holerites ou seis últimos caso receba hora extra). Se o candidato não tem renda formal deve levar documentos que comprovem o rendimento, como pagamento de aluguel, cartão de crédito e extratos bancários dos últimos três meses. A entrada no evento é gratuita.

Todos os imóveis ofertados nos feirões têm financiamento garantido pelo banco federal, por meio da Carta de Crédito FGTS ou Carta de Crédito Caixa. No caso de imóveis comprados pela Carta de Crédito FGTS, a renda do trabalhador não pode exceder R$ 4,9 mil e o imóvel precisa estar avaliado em até R$ 100 mil para regiões metropolitanas. Já a outra modalidade não tem limite máximo de renda e de valor do imóvel.

Confira o horário e endereço do feirão em SP:
Data: 21 a 24 de maio
Horário: das 10h às 21h (quinta-feira a sábado) e das 10h às 18h (domingo)
Local: Centro de Exposições Imigrantes - Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 (a 850 m do Terminal Jabaquara, onde um microônibus gratuito entre a estação do metrô e o local do evento funcionará)

Japão adota "emprego vitalício" e cria empresas zumbi


Quando os pedidos de chapas metálicas caíram à metade em sua pequena empresa, a High Metal, em outubro do ano passado, jamais ocorreu a Massaki Taruki demitir seus funcionários. Em lugar disso, ele passou a dedicar seu tempo a criar projetos que pudessem ocupar o tempo de seu pessoal. Uma horta no interior da fábrica? Uma oficina de artesanato?

Devido a subsídios governamentais, Taruki nos três últimos meses plantou uma horta no espaço deixado vazio pela venda de máquinas que a empresa não estava utilizando. Os funcionários cuidam carinhosamente dos brotos, regando-os, acrescentando fertilizante e ajustando as luzes fluorescentes.

Quando as vendas da Shinano Kogo, uma fábrica de máquinas no centro do Japão, caíram em 70%, no final do ano passado, a empresa começou a usar seus trabalhadores ociosos em funções como varrer as ruas e recolher o lixo da cidade, sem demiti-los.

De acordo com estatísticas divulgadas na quarta-feira, a economia japonesa sofreu sua pior contração desde 1955, no primeiro trimestre, com um recuo de 15,2% em base anualizada. Mas proporção muito menor de funcionários perdeu o emprego no Japão, ante os níveis registrados nos Estados Unidos ou na União Européia. (O índice de desemprego japonês em abril era de 4,8%, ante 8,9% nos Estados Unidos e na Europa.)

Os analistas dizem que isso acontece porque o conceito de emprego vitalício continua firme no Japão, e o Estado desempenha forte papel para que a situação não mude.

"O tempo de emprego no Japão continua a ser notavelmente longo", disse Peter Matanle, especialista em questões trabalhistas japonesas na Universidade de Sheffield, Reino Unido. "As empresas primeiro cortam outras despesas. Cancelam os contratos de trabalhadores temporários, reduzem as horas extras, reduzem as bonificações. Pressionam os fornecedores. Fazem qualquer coisa antes de considerar um corte de seu quadro fixo de empregados".

Mas a obsessão do Japão com manter o emprego dos trabalhadores - mesmo aqueles que se tenham tornado desnecessários - tem seu custo.

As empresas reduzem salários, o que gera queda de consumo. As empresas relutam mais em fazer novas contratações, o que exclui os jovens da força de trabalho. E a produtividade despenca, o que prejudica a competitividade japonesa em um mercado internacional cada vez mais agressivo.

"Ao ajudar a manter o emprego excessivo, surge o risco de promover a sobrevivência de companhias que deixaram de ser competitivas e cuja era de produtividade talvez já esteja encerrada", diz Hisashi Yamada, economista no Instituto de Pesquisa do Japão, uma organização privada de pesquisa em Tóquio. "Isso poderia prejudicar o emprego, em longo prazo. O necessário é mais mudança estrutural".

O sistema de emprego vitalício, cimentado durante o boom econômico japonês do pós-guerra, unia trabalhadores devotados e empregadores paternalistas, gerando uma lealdade mútua (e harmonia no trabalho) raramente vista no Ocidente.

Por lei, os empregadores podem reduzir as jornadas de trabalho de seus funcionários, mas precisam continuar pagando pelo menos 60% de seus salários quando o fazem. O governo reservou 60 bilhões de ienes (US$ 624 milhões) este ano para reembolsar empresas por metade do valor desses pagamentos. Em março, cerca de 48 mil companhias solicitaram subsídios referentes a 2,38 milhões de trabalhadores, de acordo com dados do governo.

Até mesmo grandes exportadores, como a Nissan Motor ou a NEC Electronics, utilizaram os subsídios a fim de manter os trabalhadores empregados a despeito de cortes nas jornadas de trabalho.

Em uma recente pesquisa do diário econômico Nikkei, nenhum proprietário de grande empresa reportou planos de demitir trabalhadores permanentes, ante 39% dos empresários entrevistados na Coréia do Sul. Os especialistas afirmam que, sem os subsídios, o desemprego no Japão poderia ser até 2% mais alto.

Porque demitir trabalhadores japoneses é difícil, as empresas recorrem aos temporários, que recebem salários e benefícios menores e podem ser cortados com mais facilidade. Hoje, eles respondem por um terço da força de trabalho japonesa.

Mas manter ocupados todos os funcionários permanentes é outro desafio.

A fábrica de Taruki em Osaka vem se concentrando na horta. Com mais um subsídio do governo, Taruki também investiu cerca de cinco milhões de ienes para criar uma oficina de artesanato, com uma máquina de gravura a laser instalada em uma salinha que antes abrigava os armários dos funcionários. Um funcionário estava lá praticando gravura a laser em produtos de laca, vidro e outros materiais.

A empresa deseja produzir chaveiros e outros produtos baratos, e está estudando maneiras de produzir ornamentos para altares budistas.

"Mesmo que a economia comece a se recuperar, duvido que a vejamos se recobrar de todo", afirma Taruki, cujo avô criou a fábrica da família em Osaka, décadas atrás. "Por isso tenho de começar a compensar o que perdemos. É responsabilidade da empresa proteger os empregos, e aumentar seu número".

Mas alguns analistas se preocupam com a possibilidade de que a recessão japonesa se agrave a ponto de forçar as empresas do país a começar a cortar funcionários regulares.

Os líderes trabalhistas dizem que vem crescendo o número de casos em que funcionários se vêem sujeitos a cortes de salário, jornada de trabalho ou demoções tão humilhantes que terminam forçados a pedir demissão.

Alguns analistas afirmam que é exatamente de um olhar frio como esse às suas inchadas folhas de pagamento que o Japão necessita.

"As empresas mal demitiram funcionários fixos, até agora na crise", diz Carl Weinberg, que dirige a High Frequency Economics, uma consultoria de economia, em nota aos seus clientes, este mês. "Demissões pesadas estão iminentes, mas não acontecerão em tempo hábil".

Economia latina melhora mais rápido que previsto, diz FMI

As condições econômicas para os países latino-americanos melhoram mais rápido que o previsto inicialmente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou nesta quinta-feira o representante do organismo para a região, o chileno Nicolás Eyzaguirre.

A região "já chegou ao fundo do poço" e suas economias terão uma retomada este ano, previu Eyzaguirre em conferência na Instituição Brookings.

Ajuda à região uma melhora "mais rápida" que o previsto em seu entorno econômico, em particular nos mercados financeiros, disse Eyzaguirre após discursar.

Mesmo assim, o diretor do FMI afirmou que a mudança positiva "não é suficientemente forte para revisar para cima" as previsões de crescimento para a América Latina.

O organismo prevê que a economia da região terá contração de 1,5% este ano, enquanto se expandirá 1,6% em 2010.

Os primeiros a se recuperar serão Chile, Peru e Colômbia, porque ao terem economizado em tempos melhores, conseguiram estimular a economia durante a crise, segundo Eyzaguirre.

Ao mesmo tempo, ele disse que a economia do Brasil está se estabilizando após um período bastante difícil no final do ano passado e o México continua em situação "difícil" pela forte ligação com os Estados Unidos.

Por outro lado, em nível mundial as coisas parecem seguir o caminho correto, segundo o FMI. "O balanço dos riscos parece ter mudado", comentou o economista chileno, que explicou na conferência que é possível que agora as previsões de crescimento do organismo sejam pessimistas.

Embraer vende 20 jatos para argentina Austral Líneas Aéreas

A Embraer anunciou na noite desta quinta-feira que fechou contrato para a venda de 20 jatos 190 para a companhia aérea argentina Austral Líneas Aéreas, parceira da Aerolíneas Argentinas. O valor do negócio não foi divulgado.

Segundo comunicado da empresa, o início das entregas está previsto para o primeiro semestre de 2010 e o contrato só será efetivado após o cumprimento de alguns requisitos, o que deve acontecer em dois meses.

A cerimiônia de assinatura do acordo foi realizada na Casa de Governo da Argentina e contou com a presença da presidente Cristina Kirchner. O vice-presidente-executivo para o Mercado de Aviação Comercial da Embraer, Mauro Kern, e o presidente do Grupo Aerolíneas Argentinas/Austral, Julio Alak, também participaram.

"A Austral pretende utilizar os jatos Embraer 190 principalmente para intensificar frequências em rotas domésticas, com potencial para abrir novos mercados, permitindo à empresa voar rotas sem escalas dentro do território argentino, bem como destinos internacionais na América do Sul", afirma o comunicado da Embraer.

No final de março, o governo brasileiro anunciou um empréstimo de US$ 700 milhões para que a Aerolíneas Argentinas comprasse 20 jatos 190 da Embraer.

O governo da Argentina recentemente expropriou a Aerolíneas, a maior companhia aérea do país, e a Austral.

Segundo a Embraer, os jatos serão configurados com 96 assentos dispostos em duas classes e os passageiros terão à disposição um sistema de entretenimento a bordo com monitores individuais.

Além da venda de aeronaves para a Austral, a Embraer também assinou um memorando de entendimentos com o Ministério da Defesa da Argentina para a capacitação tecnológica da Área Material Córdoba (AMC), visando o fornecimento futuro de serviços e peças para aeronaves da fabricante brasileira.

Polícia do DF busca dono da Gol para cumprir mandado de prisão

A Polícia Civil do Distrito Federal procura desde a tarde desta quinta-feira o empresário Nenê Constantino, para cumprir uma mandado de prisão emitido pela Justiça. Constantino é um dos fundadores da companhia aérea Gol e, segundo informações divulgadas pelo DFTV, foi acusado de ser o mandante de dois assassinatos na capital federal.

Ele foi indiciado pela polícia pela primeira vez no dia 10 de dezembro do ano passado, pela morte a tiros de um líder comunitário na garagem da Viação Planeta, controlada por sua família. Segundo a polícia, o crime foi uma represália ao fato de o líder comunitário ter se recusado a deixar uma área invadida pertencente ao empresário. Outras famílias que ocupavam o terreno fizeram um acordo para deixar a área. No dia 30 de dezembro de 2008, Constantino foi indiciado novamente, acusado pela morte de um ex-caminhoneiro de um de seus grupos de transportes. O motorista foi morto com quatro tiros em fevereiro de 2001. O motivo do crime também teria sido a disputa por um terreno.

Outros três mandados de prisão contra acusados de envolvimento com os crimes foram cumpridos hoje. Um genro e dois ex-funcionários do empresário foram presos. A polícia esteve na casa de Constantino, no Lago Sul, mas ele não foi encontrado. Segundo a assessoria do empresário, ele estaria em São Paulo para um tratamento de saúde.

O advogado de Constantino disse ao DFTV que prepara um pedido de habeas-corpus à Justiça para revogar o mandado de prisão contra o empresário.

Brasil consegue aprovar na OMS acesso a dados da gripe suína

A delegação brasileira na Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, conseguiu aprovar uma resolução que promove e facilita o acesso internacional a dados sobre o vírus da gripe suína, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira. O texto coloca a Organização Mundial da Saúde (OMS) como articuladora internacional das discussões sobre o acesso a dados do vírus H1N1 e também do pagamento de royalties sobre eventuais descobertas relacionadas a ele.

"A medida traz transparência ao processo de negociação e acesso às informações sobre gripes pandêmicas, como a influenza A (H1N1)", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. De acordo com o ministério, "a medida barrou a tentativa de um grupo de países de encerrar as negociações sobre o tema".

Liderado pelos Estados Unidos, esse grupo tenta evitar a formalização de regras e resoluções pela OMS relacionadas à propriedade intelectual e o acesso a dados sobre o vírus H1N1. Esses países propõem, em vez disso, negociações bilaterais ou em pequenos grupos.

Já o Brasil defende uma negociação mundial, sob os auspícios da OMS, com referências e compromissos sobre o tema. O texto recebeu o apoio de todos os países da África e da América do Sul, além de representantes da Ásia, como Indonésia e Tailândia.

Segundo a assessoria do ministério, ao colocar a OMS como mediadora dessas discussões, o texto aumenta o poder de barganha dos países pequenos diante dos grandes laboratórios privados, por exemplo, na negociação de preços de vacinas ou medicamentos que venham a ser criados para combater a doença.

Em outra frente, o Brasil defende que sejam tornados públicos todos os dados obtidos por laboratórios credenciados pela rede mundial de vigilância coordenada da OMS. Fazem parte dessa rede laboratórios como o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e o Instituto Evandro Chagas, em Belém.

Gripe Aviária
As discussões sobre o compartilhamento de informações sobre vírus começaram a ganhar destaque há dois anos, com o surto de gripe aviária na Ásia. Na época, a Indonésia se recusou a fornecer amostras do vírus H5N1 caso não recebesse garantias de que eventuais vacinas chegariam a preços acessíveis a países pobres.

O vírus H1N1 mistura elementos de gripes suínas, humanas e aviárias, com fácil contágio entre pessoas. A doença já matou 85 pessoas, principalmente no México, e contaminou mais de 11 mil em 41 países, segundo a OMS.

Nesta quinta-feira, o Brasil confirmou seu nono caso de infecção pela gripe suína. A doença vem se alastrando nos últimos dias pela Ásia e nesta quinta-feira fez sua nona vítima fatal nos Estados Unidos: um menino de 13 anos do Estado do Arizona.