segunda-feira, 11 de maio de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

Dólar.............................Compra Venda Hora Var.%
Dolar Comercial - Corretora....2,066 2,068 8/5/2009 -2,03
Dolar Paralelo SP.................2,150 2,300 8/5/2009 0,00
Dolar Turismo SP.................1,970 2,190 8/5/2009 -2,23
Dolar Ptax - BACEN...............2,098 2,098 8/5/2009 -1,07

Itaipu: antes do Paraguai, Brasil já discutiu com a Argentina

Desde antes de sua construção, a usina hidrelétrica de Itaipu gerou discussões do Brasil com seus vizinhos. Se 2009 tem sido marcado pela negociação com o Paraguai em torno do valor da energia paga pelo Brasil ao parceiro, os pontos de vista opostos datam da década de 1960, quando o regime militar começava a tirar do papel a então maior hidrelétrica do mundo.

O Brasil começou a discutir a construção de uma hidrelétrica no lado brasileiro do rio Paraná na segunda metade da década de 1960. Segundo a professora Ivone Teresinha Carletto Lima, autora da tese Itaipu: as faces de um megaprojeto de desenvolvimento, de 2006, a idéia era desviar parte das águas do rio, para levá-las até Porto Mendes, no município de Marechal Cândido Rondon, no Paraná. A hidrelétrica seria totalmente brasileira. De acordo com a professora, ela foi projetada para ter o mesmo potencial de Itaipu e poderia produzir mais, mas o Paraguai entrou na questão e alegou que a área que estava acima das sete quedas não era brasileira, mas paraguaia.

Isso gerou uma grande disputa, pois nenhum dos países cedia. O Paraguai queria que Brasil considerasse a área das sete quedas como de litígio, ou seja, disputada entre os dois países. Mas o Brasil não admitiu essa possibilidade e considerou a área de propriedade da Nação. Por fim, para acabar com as discórdias, os dois países, que tinham regime militar na época, assinaram em 1966 a Ata do Iguaçu, em que o Brasil concordou que se fosse construída uma hidrelétrica no rio Paraná e que fosse feita em condomínio com o Paraguai.

Em 1973, foi feito o Tratado de Itaipu. A construção começou no início de 1975 e até 1985 estava praticamente pronta. Em 1982 (entre outubro e novembro) foi feito o alagamento. Abriram as comportas para alagar e represar o curso do Paraná e poder construir as turbinas no leito do rio. Também foi feito um canal de desvio. Em 1989, a hidrelétrica começou a produzir energia.

Argentina
Na época, a Argentina não aceitava a obra de Itaipu, porque queria construir uma usina com o Paraguai, também no rio Paraná. Mas até hoje não executou a almejada Usina de Corpus. Segundo a professora Ivone, após começar a construção de Itaipu, os argentinos questionaram os níveis da barragem e do rio Paraná, que, segundo eles, prejudicaria a construção de Corpus.

Buenos Aires alagada
O professor de Direito Christian Caubet, da Universidade de Brasília (UnB) e autor da tese A barragem de Itaipu e o Direito Internacional Fluvial, lembra que a Argentina argumentava que teria um prejuízo imenso com a construção de Itaipu. Ele recorda de uma conversa que teve com um general argentino, um dos arautos da geopolítica, que disse que, se Itaipu cedesse, os 40 km³ de água iriam descer até Buenos Aires e apagariam tudo do mapa.

"Ele me disse: 'O Brasil nem precisa de guerra porque vão afogar a gente'. Eu falei a ele: 'no dia seguinte, antes de explodir a barragem, o Brasil perderia a guerra, pois o País estaria completamente paralisado, porque teria perdido toda a energia. Como faríamos para girar as fábricas? Sem luz, a Argentina vai ganhar a guerra, porque o Brasil não poderia nem fabricar armas", diz.


A obra
João Raicyk, que trabalhou na construção de Itaipu de 1979 a 1983 como auxiliar de laboratório no setor de geologia, e hoje é funcionário da Copel, e mora em Medianeira (PR), 48 km de Foz do Iguaçu (PR), participou ativamente do início da obra. Viu quando foi feito o canal de desvio do rio Paraná e quando começou a construção da barragem. Ele participou da perfuração e análise das rochas. Segundo Raicyk, 42 mil pessoas chegaram a trabalhar na obra no período mais intenso da construção. "A obra não parou, ela durava 24 horas. Nós trabalhávamos 12 horas e descansávamos outras 12."

Segundo ele, durante os quatro anos que ficou na obra de Itaipu, viu dois acidentes fatais - em um dos casos o operário caiu de cerca de 40 m de altura e a tela de proteção furou. O outro acidente ocorreu na parte de concretagem, quando foi descarregado acidentalmente concreto sobre uma pessoa.

Raicyk diz que foi um "orgulho" atuar na obra. "Primeiro, porque foi um dos primeiros trabalhos de carteira assinada. E um dos que fiquei mais tempo. É um orgulho muito grande eu ter dado a minha contribuição. E também ganhei alguns frutos - meu filho nasceu na obra", diz o auxiliar de laboratório no setor de geologia. Recém casado na época, a mulher de Raicyk era professora de uma escola dentro da área de moradia dos funcionários. "A estrutura era muito boa", afirma ele.

Os funcionários falavam duas línguas na obra - espanhol e português. Raicyk diz que não havia problema de comunicação entre os funcionários dos dois países.

"Houve uma comunicação muito boa. Na área de fronteira, o 'portunhol' funcionava bem. Também havia uma amizade muito grande entre brasileiros e paraguaios. A única diferença é que eles ganhavam baseados no dólar e a gente não. Na época, o dólar chegou a 16 por 1 (US$ 1 custava 16 Cruzeiros). Tinha vezes que o salário deles dava quase 10 vezes o nosso. Isso era uma diferenciação muito grande", afirma.

Apesar dessa diferença, Raicyk diz que todos ganhavam muito bem. "Não tinha nada de negócio em banco. O pagamento era em dinheiro vivo. A inflação comeu bastante. Na cidade de Foz (do Iguaçu) começou uma exploração muito grande. De um mês para o outro quase dobrava os preços de comida e de aluguel." O consórcio responsável pela obra oferecia moradia, mas não havia suficiente para todos os trabalhadores. Raicyk era um dos que precisava pagar aluguel.

Preço da energia
Desde agosto, quando chegou ao poder, o presidente paraguaio Fernando Lugo reivindica uma revisão do Tratado de Itaipu, que regula as operações da represa construída com capital brasileiro. Segundo Lugo, o tratado contém cláusulas que prejudicam os interesses do Paraguai e que devem ser modificadas.

O preço do Kilowatt de energia foi acertado no tratado. Na época, o Paraguai não tinha como participar da obra, cabendo ao Brasil toda a construção. Para o Paraguai entrar com a metade do capital, o dinheiro foi emprestado pelo Banco do Brasil. No tratado, ficou estabelecido que o vizinho pagaria a dívida ao Brasil em 50 anos, até 2023. O tratado previa que quem não usasse 50% da energia venderia para o outro país, preferencialmente, a um preço fixo.

Segundo Ivone, o Brasil utiliza toda a parte brasileira e mais 45% da energia paraguaia. "O Paraguai só usa 5% da energia, porque ele não precisa de mais. Tem outras hidrelétricas menores para se manter no país. O objetivo do Brasil, na época da construção, era fornecer energia para o principal parque industrial brasileiro, que era a região Sudeste."

Institutos Federais decidem adotar novo Enem

O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Conif) aprovou a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a seleção de estudantes candidatos a vagas nos cursos superiores de tecnologia e licenciatura. Reunidos em Palmas, os reitores discutiram a proposta do Ministério da Educação de criar um vestibular unificado para todas as instituições federais de educação superior e de utilização do Enem em substituição ao vestibular tradicional.

O próximo passo é aprofundar as discussões sobre os critérios a serem utilizados. Embora tenham aprovado a adesão à proposta do MEC, os reitores demonstraram preocupações com alguns pontos, como a oferta de vagas para as populações locais, que podem ficar prejudicadas com o vestibular unificado. Também foi levantado o problema da exclusão dos alunos do ensino médio que não tenham participado do Enem, já que o exame não é obrigatório. Segundo o presidente do Conif, as dúvidas e questionamentos serão tratados em encontro, na próxima semana, com representantes do MEC, em Brasília.

página falsa diz que gripe suína gera zumbis

Uma página falsa, que imita o layout da BBC e anunciava um ataque de zumbis causado por uma nova fase da gripe suína na cidade de Londres, no Reino Unido, caiu na rede com a data do último dia 30/4. O hoax aguçou a imaginação de blogueiros e virou tema de especulações sobre as mais diversas conseqüências de um caso como este.

O material do endereço http://bouncewith.me.uk/europe/8027043.htm dizia que uma mutação do vírus "H1N1", o "H1Z1", ressuscitaria pessoas atingidas pela doença. "Depois da morte, o vírus é capaz de reativar o coração de sua vítima por até duas horas do falecimento", diz o texto.

O indivíduo agiria violentamente, segundo a falsa nota, por o que se acreditaria ser uma combinação de danos cerebrais e processos químicos liberados no sangue durante a ressurreição. O conteúdo enumera ainda casos confirmados no mundo e relata alguns episódios de ataques.

Para confundir ainda mais quem cai na página, o internauta é direcionado para a homepage e notícias da BBC quando clica nos links da matéria.

EUA iniciam discussão sobre gays no serviço militar

O governo Obama está organizando "discussões preliminares" sobre a proibição de membros abertamente homossexuais no serviço militar, disse neste domingo o assessor nacional de segurança da Casa Branca James Jones.

O presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu durante a campanha que mudaria essa regra, mas a questão tem recebido menos atenção hoje em meio ao trabalho do governo em temas como a economia e as guerras no Iraque e no Afeganistão. Jones disse não saber se essa política ¿ conhecida como "não pergunte, não conte" ¿ será abandonada, e indicou uma abordagem cautelosa.

"Temos muitas coisas na nossa mesa agora. Isso tem que ser tratado no momento certo para que seja feito da maneira correta", disse Jones no programa This Week, da rede de televisão ABC. Questionado se essa política será revogada, Jones disse: "Não sei. O presidente tem dito que é a favor (de revogar). Vamos apenas esperar. Vamos ter que esperar e ver."

As atuais regras não permitem que o Exército pergunte a orientação sexual dos militares, mas abrem a porta para que as pessoas que admitem ser homossexuais sejam expulsas. Essa política foi aprovada pelo Congresso em 1993.

"Tivemos discussões preliminares com a liderança do Pentágono, com o secretário (de Defesa Robert) Gates, e com o chefe do Estado-maior (almirante Mike Mullen)", disse Jones. "Isso será discutido da maneira como o presidente faz as coisas, ou seja: bem deliberativa, bem refletida, buscando todos os lados da questão", acrescentou Jones, general aposentado que já foi comandante dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.

Uma oficial do Exército assumidamente homossexual divulgou neste mês a resposta de Obama a uma carta enviada por ela para condenar a atual política. Obama escreveu: "é por causa de norte-americanos fora de série como você que eu me comprometi em mudar a atual política. Ainda que leve algum tempo para isso terminar (em parte porque precisa de atuação do Congresso), eu pretendo cumprir meu compromisso!"

Total de casos de gripe no País vai a 8; RS tem 1º infectado

O Ministério da Saúde confirmou neste domingo mais dois casos de gripe suína no Brasil, levando o total de pessoas infectados pelo vírus influenza A (H1N1) para oito em todo o País. Um dos novos casos confirmados está no Rio de Janeiro e outro no Rio Grande do Sul. Seis têm vínculo com viagens internacionais e dois foram infectados dentro do território nacional.

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Um dos novos casos confirmados está no Rio de Janeiro e é o segundo caso de transmissão do vírus dentro do País. O ministério não divulga a identidade dos infectados, mas o caso é da mãe de um dos jovens contaminados, que estava sendo monitorada depois de cuidar do filho que contraiu a doença de um amigo que viajou ao México. Ela foi internada no sábado com os sintomas. Segundo o ministério, o paciente encontra-se em quadro clínico estável.

Já o caso do Rio Grande do Sul passou recentemente por vários países europeus (Alemanha, República Checa, Hungria, Áustria, Itália e Espanha) e apresentou os primeiros sintomas leves na Itália, em 3 de maio. A pessoa passou por Madri antes de voltar ao Brasil e procurar o serviço de saúde com os sintomas da gripe suína. De acordo com o ministério, o infectado passa bem.

Em nota, o ministério informou que recebeu na tarde deste domingo "os resultados de 20 exames laboratoriais para detecção do vírus influenza A (H1N1)", dos quais 18 foram descartados. Os demais casos confirmados se encontram em São Paulo (2), Minas Gerais (1) e Santa Catarina (1).

O ministério afirmou também que o governo brasileiro cumpre rigorosamente as medidas de vigilância e monitoramento recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tomando todas as precauções indicadas para conter a doença, rastreando, monitorando e tratando os possíveis doentes. Segundo os últimos dados divulgados pela OMS, já foram confirmados 4.379 casos de gripe suína em 29 países.

Mesmo com a elevação do número de casos, o governo reiterou que a propagação do vírus no Brasil "permanece limitada, sem evidência de transmissão sustentada". Atualmente, sete países apresentam transmissão dentro do próprio país: Reino Unido, Espanha, Alemanha, Itália, Brasil, Estados Unidos e México. Apenas os dois últimos têm transmissão sustentada.

O que é a gripe suína
É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2.

A gripe suína geralmente não atinge os humanos, e até então eram raros são os casos de contágio de pessoa para pessoa. A contaminação ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de perdigotos (gotículas de saliva) lançados na tosse e espirros.

Sobre o recente surto que teve origem no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1 do vírus Influenza A.

Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses européias e asiáticas.

EUA vão investigar ataques aéreos no Afeganistão

O chefe do Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos, general David Petraeus, que é responsável pelas operações militares americanas no Oriente Médio, anunciou neste domingo a indicação de um general para conduzir investigações sobre os ataques aéreos realizados por forças americanas no Afeganistão.

Em entrevista ao canal de TV americano Fox News, Petraeus disse que o general, que não foi identificado, irá ao Afeganistão para assegurar que "nossas ações tática snão prejudiquem nossos objetivos estratégicos".

O anúncio foi feito depois de o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, ter afirmado que a morte de civis provocada por ataques aéreos americanos está prejudicando a luta contra o terrorismo e que o povo afegão quer uma solução rápida e efetiva para esse problema.

"A morte de civis, obviamente, é um problema muito sério para o povo afegão, e também é um problema sério para nossos aliados", disse Karzai neste domingo, em Berlim, após uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel.

"É algo que o povo afegão deseja ver solucionado rapidamente e de forma efetiva", afirmou o Karzai.

O líder afegão já havia dito na sexta-feira, em entrevista à rede de TV americana NBC, que esse problema é a grande preocupação em seu país.

"É importante que os Estados Unidos reconheçam que a morte de civis é a maior preocupação no Afeganistão e prejudica os esforços contra o terrorismo", disse o líder afegão na entrevista.

Protesto em Cabul
Os ataques aéreos têm como alvo militantes do Talebã e de outrosgrupos radicais, mas há vários casos recentes de morte de civis.

Petraeus disse que o Talebã tem uma "enorme" parcela de culpa por atirar contra tropas americanas a partir de casas civis.

Neste domingo, centenas de estudantes marcharam pelas ruas da capital do Afeganistão, Cabul, em protesto contra as mortes de civis provocadas por ataques aéreos americanos na província de Farah na última terça-feira.

Segundo fontes afegãs, cerca de 150 pessoas morreram nesses ataques na última semana. Os Estados Unidos disseram que essa estimativa é exagerada, mas não forneceram dados sobre o número de vítimas.

Alguns cartazes levados pelos manifestantes chamavam os Estados Unidos de "o maior terrorista do mundo". Os manifestantes também pediram que os responsáveis por esses ataques sejam levados a julgamento.

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, James Jones, disse que os americanos não vão deixar de realizar ataques aéreos no território afegão, mas afirmou que serão redobrados os esforços para evitar a morte de civis inocentes.

Karzai disse que o povo afegão espera ver esforços reais por parte dos Estados Unidos para evitar a morte de civis.