terça-feira, 12 de maio de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

Dólar.............................Compra Venda Hora Var.%
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Dolar Turismo SP.................1,960 2,190 15:49 0,00
Dolar Ptax - BACEN...............2,074 2,075 18:41 -1,11

Tata lançará "casa mais barata do mundo" por R$ 16,3 mil

A empresa indiana criadora do carro mais barato do mundo, o Tata Nano, anunciou que seu próximo empreendimento será construir e vender as casas mais baratas do mundo para populações de baixa renda em Mumbai.

Apelidado de "Casas Nano", o empreendimento lançado pela Tata Housing, uma das companhias do Tata Group, vai disponibilizar no mercado imobiliário propriedades a partir de 390 mil rúpias (cerca de R$ 16,3 mil).

Um apartamento deste tipo, de apenas 26m², consiste de um cômodo onde sala, cozinha e quarto ocupam o mesmo espaço. Uma opção mais cara é um apartamento de 43m², com cozinha e quarto separados por 670 mil rúpias, (cerca R$ 28,2 mil).

Favelas
Assim como o Tata Nano, que está sendo vendido por cerca de R$ 4.465, as Casas Nano tem como público alvo famílias pobres que sonham com a casa própria. "Esta é uma grande oportunidade para servir aqueles que estão na base da pirâmide", disse Brotin Banerjeee, diretor da Tata Housing.

"Nossa inspiração são os milhões de indianos que não podem comprar suas casas e moram nas favelas". O primeiro complexo residencial está em construção em Boisar, uma pequena cidade situada e 96 km de Mumbai.

O empreendimento contará com mil residências, hospital, escola, playground e jardins. Já na primeira fase do projeto a empresa espera obter lucros de até 1 bilhão de rúpias (R$ 42 milhões). No final de 2009, a Tata Housing espera expandir o projeto para a capital Nova Déli e Bangalore.

Brasil elabora plano para evitar ataque cibernético

Há cerca de um mês, dois senadores sugeriram ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - que usou a internet como 'arma' na sua campanha - criar um cargo, o de chefe nacional de Segurança Nacional Cibernética, para o primeiro escalão do governo. Mais recentemente, no fim de abril, a Casa Branca anunciou a criação de um comando militar específico para o ciberespaço. Os Estados Unidos, que se declaram em guerra contra o terrorismo, temem um ataque cibernético. E a situação não é diferente no Brasil.

"Não somos os pioneiros porque os americanos saíram na frente. Mas estamos na segunda leva que está se preocupando com isso e queremos ter um plano de segurança institucional", revela o diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações (DSIC), Raphael Mandarino Junior. O DSIC faz parte do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

A ideia é criar uma espécie de plano de contingência nacional - ou como agir no caso de um ataque sério - especialmente às infraestruturas importantes, como transportes e comunicações. Parece coisa de cinema, mas não é. O raciocínio é de que um ataque virtual numa infraestrutura de informação pode causar sérios prejuízos à política de um país.

"Estamos estudando como proteger a infraestrutura crítica do País, aquilo que se parar traz consequências graves para o cidadão como, por exemplo, as telecomunicações, água, energia, transporte. E o que é que eu tenho a ver com a água? Como é que são trocadas as informações? Por meio da informática. A estrutura física da informação permeia todas as outras", explica Mandarino.

Parte do mundo passou a levar a segurança cibernética de forma mais séria, depois que a Estônia, onde até se vota pela internet, sofreu uma série de ataques entre abril e maio de 2007, que paralisaram não apenas os websites do governo, mas até os provedores de acesso. O maior banco do país ficou sem acesso à rede mundial, assim como as redes de telecomunicações. Enfim, os ataques deixaram a Estônia completamente fora da internet.

É uma preocupação recente e por isso mesmo ainda há muito para aprender. "Na verdade, a gente não sabe muito bem o quê está acontecendo. Está todo mundo aprendendo. Se você falar o que é guerra eletrônica, guerra de sinais, as pessoas sabem. O que é segurança, as pessoas sabem. Agora, defesa cibernética é algo que a gente está aprendendo", sublinha o diretor do DSIC.

Ele revela que muitas lições vêm de quem possui mais experiência com os problemas de invasões na rede. "O site mais atacado do mundo é o da Microsoft. E ela está repassando esse conhecimento ao governo americano e ao governo brasileiro, estamos trabalhando juntos", adianta Mandarino. Além disso, foram montados grupos de trabalho interministeriais para discutir áreas específicas.

"Estamos tratando a questão por partes. Formamos um grupo de comunicações, que se dividiu em três - telecomunicações, radiodifusão e postais. São três áreas de segurança diferentes. E precisamos tratar assim para evitar que uma falha prejudique a outra. Partimos da identificação de onde está o problema e estamos começando a montar esse desenho", antecipa Mandarino, que no entanto, não adianta maiores detalhes porque o tema é de Segurança Nacional.

Universidade dos EUA exige que alunos usem iPhone ou iPod

Ingressantes do curso de jornalismo da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, que iniciarem sua graduação no próximo ano letivo, deverão portar em seus bolsos ou mochilas um item obrigatório, segundo o site da instituição. Cada aluno deverá possuir um iPhone ou iPod Touch, através dos quais receberão conteúdos, como por exemplo, instruções para novatos e o material do curso.

Segundo o EWeek, os materiais de aula serão disponibilizados através do iTunes University, um componente gratuito da loja do iTunes. A universidade espera poder fornecer também, em breve, gravações dos seminários apresentados e disponibilizá-los para revisões e estudos antes das provas.

De acordo com o site Mac Daily News, a utilização desse tipo de dispositivo ajuda os alunos a reterem mais conteúdo das aulas. "Pesquisas mostram que se um aluno ouve uma palestra pela segunda vez, ele retem três vezes mais informação", afirma Brian Brooks, reitor adjunto da Escola de Jornalismo da universidade.

Alguns alunos, porém, parecem não estar contentes com a "obrigação" de adquirirem produtos de uma determinada marca. Até uma comunidade foi criada no Facebook pela aluna Elizabeth Eberlin, para discutir o assunto. Ela afirma adorar seu Mac, mas acha injusto dizer qual eletrônico os alunos devem ter. Os aparelhos, conforme declarou a instituição, foram escolhidos devido à familiaridade que apresentam entre os jovens.

Enquanto a posse de um exemplar não impeça os ingressantes de assistir às aulas, esses recebem a recomendação de procurar a loja de computadores da universidade para que possam adquirir um equipamento (iPhone ou iPod Touch) com os requisitos mínimos necessários, informa o Engadget.

Casos de dengue caem 49% em 2009, diz ministério

O Ministério da Saúde informou, em nota divulgada nesta segunda-feira, que os casos de dengue no Brasil caíram 49% em 2009 em relação ao ano passado. O balanço mostra que o País registrou 226.513 notificações da doença nas primeiras 15 semanas do ano (do dia 1º de janeiro até 11 de abril). No mesmo período de 2008, o total chegou a 440.360 casos.

De acordo com os novos dados, 18 Estados e o Distrito Federal registraram redução no número de casos de dengue em relação a 2008. Outros oito registraram aumento: Acre, Amapá, Roraima, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Todas as regiões também registraram queda: no Sudeste foi de 66%, no Sul de 58,36%, no Nordeste de 31,47%, no Norte de 30% e no Centro-Oeste de 13,71%.

Ainda de acordo com o ministério, houve uma queda expressiva em relação aos casos de dengue hemorrágica. Neste ano, 552 pessoas evoluíram para a forma mais grave da doença, número menor do que os 2.531 registrados em 2008, o que significa uma queda de 78,2%. No período avaliado, 864 pessoas tiveram o estado de saúde agravado por complicações decorrentes da dengue, contra 11.799 em 2008, ou 92,6% de redução.

Bahia
A Bahia foi um dos Estados que mais registrou aumento nas ocorrências de dengue neste ano. Foram 17.169 casos até o dia 11 de abril de 2008 contra 56.135 no mesmo período deste ano. Até a semana passada, o Estado registrava 49 mortes em 2009, sendo que mais 100 haviam sido registradas na Secretaria de Saúde e aguardam confirmação. Até abril, foram notificados 60 mil casos da doença no Estado e 352 municípios registraram a ocorrência de dengue pelo sistema de informação da vigilância epidemiológica.

Além da Bahia, o Acre registrou um aumento significativo: de 1.221 para 15.686 casos de dengue. No Espírito Santo, 14.928 casos da doença foram registrados em 2008 contra 29.653 em 2009.

A doença

A dengue é uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável. O vírus é transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado. No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3, dentre os quais, o tipo 3 é o mais grave.

Os principais sintomas da doença são dores de cabeça, febre, dor nos olhos e no corpo. Em casos mais graves podem ocorrer desmaios e vômitos. A principal forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito, que bota seus ovos em água parada.

Brasil compra 800 mil doses de remédio pronto contra gripe suína

O Ministério da Saúde negociou com o laboratório Roche a compra de 800 mil doses do medicamento Tamiflu, para o tratamento da gripe suína. O Brasil tem, atualmente, matéria-prima para produzir medicamentos para, pelo menos, 9 milhões de pessoas contaminadas, mas resolveu não abrir os tonéis que contém o produto para prolongar seu prazo de validade.

De acordo com o ministério, a quantidade de casos confirmados e suspeitos no País ainda é pequena para que se comprometa a validade do material bruto existente. A escolha pela compra do material já processado se deu por esse motivo. Foram confirmados no País, oito casos da doença, até agora. Outras 22 pessoas são suspeitas de estarem com gripe suína em oito Estados: 10 em São Paulo, três no Distrito Federal, três em Pernambuco, dois no Rio de Janeiro, um no Paraná, um em Alagoas, um em Rondônia e um no Ceará.

Em 2007, o Tamiflu chegou a ser proibido no Japão por estar relacionado a comportamentos perigosos, que incluem suicídios, das pessoas a quem o medicamento foi receitado. Segundo o Ministério da Saúde, essa informação não foi confirmada e, portanto, não foi considerada durante a compra do produto. Embora a negociação esteja concluída, não há previsão de quando o medicamento processado chegará ao Brasil.

Segurança brasileira é um desastre, diz secretário nacional

O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, afirmou nesta segunda-feira, durante lançamento da Feira de Conhecimento em Segurança Pública com Cidadania, que os mais de 40 mil homicídios registrados anualmente no País indicam o fracasso do modelo de segurança pública brasileiro predominante nos últimos 40 anos.

"No que pese o heroísmo de policiais civis, militares e federais, de nossos bombeiros e de nossos guardas municipais, a segurança pública brasileira é um verdadeiro desastre. Basta darmos uma olhadinha nas estatísticas para vermos que o modelo não tem funcionado nos últimos 40 anos", afirmou o secretário.

Para Balestreri, as razões do "desastre atual" estão no modelo implantado no Brasil, voltado mais para ações de repressão. "Nessas últimas quatro décadas, o que tivemos foi um modelo fundado na reatividade. Quando um caso dramático acontece, o Estado vai lá e reage. Obviamente, se o Estado apenas corre atrás do prejuízo, ele não consegue se antecipar, planejar e ter uma visão preventiva", explicou.

Na avaliação do secretário, o Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci) vem contribuindo para mudar o quadro atual, uma vez que injetou mais dinheiro no setor e, principalmente, alterou as prioridades. Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o programa visa articular políticas de segurança com ações sociais, priorizando a prevenção, e busca atingir as causas que levam à violência. Entre os principais eixos do Pronasci destacam-se a valorização dos profissionais de segurança pública; a reestruturação do sistema penitenciário; o combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência.

Para o desenvolvimento do programa, o governo federal investirá R$ 6,707 bilhões até o fim de 2012. "Talvez o Pronasci seja o primeiro programa sistêmico profundamente inteligente nesses últimos 40 anos, pois combina as políticas sociais com as de repressão qualificada, focando nas questões centrais da prevenção, educação e do acompanhamento de jovens e adolescentes", avaliou Balestreri.

"Ele foi um grande avanço do ponto de vista da sustentação dos Estados que têm problemas de investimentos, mas, obviamente, o programa ainda é muito recente e só vamos ver seus efeitos mais adiante. Além do mais, é lógico que a União terá que disponibilizar muito mais dinheiro."

Para superar o atual quadro, Balestreri diz que é necessário que os gestores ajam mais com "cérebro e neurônios" do que com "fígado e bílis". "O senso comum nos pressiona o tempo inteiro para combatermos truculência com truculência", diz o secretário.

"Não somos românticos e sabemos que segurança pública também é feita com repressão, mas com repressão qualificada. E não deve ser este nosso foco central, mas sim ações de prevenção, a inteligência e o pensamento estratégico".

Para Balestreri, é preciso retomar experiências que tentaram aproximar o policiamento das comunidades, como as duplas de policiamento, popularmente conhecidas por Cosme e Damião.

"A ditadura militar sufocou isso e se apropriou das polícias, transformando-as em braços armados do Estado. O mesmo modelo reativo fez com que surgissem polícias reativas em detrimento de experiências comunitárias. Agora, nós temos que reconhecer que tudo isso também tem a ver com este modelo equivocado fundado na distância entre a polícia e a população, na simples compra e distribuição de equipamentos, na alta letalidade e na ilusão de que vamos conseguir combater violência com mais violência."

Balestreri disse que a falta de consciência da relação entre segurança e desenvolvimento nacional é o que atrapalha o País a ter ações de segurança pública com qualidade. "Se não temos essa consciência, sempre veremos o assunto como algo menos importante. Não é possível haver desenvolvimento sem segurança, já que não se formam lideranças populares autônomas, não há empreendedorismo popular, pois o povo, intimidado pelo crime, não investe em pequenos negócios. Não há educação de qualidade, pois o crime também impõe formas de censura."