quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Câmbio - Dólar Americano ( US$ ) x Real ( R$ )

Dólar.............................Compra Venda Hora Var.%
Dolar Comercial - Corretora....2,390 2,392 20/2/2009 +1,70
Dolar Paralelo SP.................2,260 2,490 20/2/2009 +1,63
Dolar Turismo SP ................2,270 2,520 20/2/2009 +2,02
Dolar Ptax - BACEN...............2,324 2,325 20/2/2009 -0,62

Chicago une câmeras de rua a denúncias por telefone

À primeira vista, a última estratégia de combate ao crime de Chicago parece ter saído de um filme de Hollywood. Alguém vê um ladrão surrupiando as doações para o Exército da Salvação no meio de uma multidão de compradores na State Street e liga para o 911 de seu celular. Em alguns segundos, uma imagem de vídeo do local da denúncia aparece na tela de computador do atendente. Um policial chega e através do rádio é levado ao suspeito, cuja descrição e localização precisas são dadas pelo atendente que assiste ao vídeo, resultando em uma prisão rápida.

Essa cadeia de eventos aconteceu de verdade no Loop em dezembro, disse Ray Orozco, diretor executivo do Escritório de Gerenciamento de Emergências e Comunicações de Chicago.

"Agora podemos imediatamente ver a cena do crime se a pessoa que ligou para o 911 estiver a 45 metros ou menos de uma das câmeras de vigilância, mesmo antes dos primeiros policiais chegarem," Orozco disse.

A tecnologia, um sistema de ocorrências computadorizado, foi paga com uma verba de US$ 6 milhões do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Ela tem sido usada desde dezembro, quando começou em versão de teste. "Uma das melhores ferramentas de qualquer cidade grande são indicadores visuais como câmeras, que podem ajudar a salvar vidas," Orozco disse.

Segundo Orozco, além da rede de câmeras da cidade, o novo sistema também pode se conectar às câmeras de locais privados como atrações turísticas, edifícios de escritórios e campi universitários.

De acordo com a porta-voz de Orozco, 20 empresas privadas concordaram em participar do programa e outras 17 deverão se juntar em breve. Por razões de segurança, a administração da cidade não quis divulgar quantas câmeras faziam parte do sistema.

O prefeito Richard M. Daley disse nesta semana que a rede de câmeras integradas aumentaria a segurança regional e também combateria o crime nas ruas.

Mesmo assim, aqueles que se opõem ao uso das câmeras de vigilância pública de Daley descreveram o novo sistema como um potencial Grande Irmão de invasão de privacidade.

"Se ligarem para o 911 relatando que deixaram uma mochila na calçada e a imagem da câmera mostrar alguém que se parece com um descendente de árabe ou sul-asiático, a polícia irá vê-lo como suspeito?" perguntou Ed Yohnka do American Civil Liberties Union de Illinois.

"Parece haver uma enorme vontade da parte da cidade em ligar as câmeras ao sistema 911," Yohnka disse. "Mas não existem estatísticas longitudinais que comprovem que as câmeras de vigilância reduzem o crime. Elas apenas deslocam o crime."

Alguns especialistas, incluindo Albert Alschuler, professor de Direito da Universidade Northwestern, dizem que as câmeras de vigilância e o sistema 911 atualizado não violam direitos de privacidade porque as câmeras estão instaladas em lugares públicos.

"Na América, protestamos contra o uso de câmeras para coisas como o policiamento que reduz o crime ou acidentes de tráfego, quando provavelmente deveríamos usar mais isso," Alschuler disse.

Ele acrescentou: "minha grande preocupação é se eles começarem a usar novas tecnologias de áudio, que podem ser ajustadas para alertar a polícia de barulhos altos, como um grito ou uma batida de carro. O que me aflige é se a polícia usar a tecnologia para ouvir qualquer um que esteja conversando em um lugar público, o que poderia gerar sérias preocupações sobre privacidade."

Fazenda estuda fim da cobrança do PIS/Cofins sobre trigo

O Ministério da Fazenda estuda uma proposta para acabar com a cobrança de PIS/Cofins sobre o trigo, disse o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Nesta quarta-feira, ele esteve reunido com representantes da Associação Brasileira de Trigo (Abtrigo). No encontro, eles também pediram a extensão da isenção das taxas sobre o trigo, que terminou em janeiro.

"Eles (Abtrigo) pediram que seja estendido para este ano (a isenção da cobrança de PIS/Cofins) ou mesmo a retirada de uma vez desse imposto. A Fazenda está trabalhando nisso e isso deve ser discutido na reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior)", disse o ministro.

Miguel Jorge também afirmou que há a possibilidade de o País retirar a taxa de 10% sobre a importação de trigo dos Estados Unidos e do Canadá. Isto porque a Argentina - principal fornecedor do cereal para Brasil - deve ter queda da safra deste ano.

"Isso não chegou a ser discutido pela Camex, mas há a possibilidade", disse o ministro, após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP). "Estamos preparando (a proposta) para que possamos apresentar isso na próxima reunião da Camex, em março".

A safra de trigo argentino deve cair de 16 milhão de t, em 2008, para cerca de 9 milhões de t, em 2009. Como a Argentina é o principal fornecedor do grão para o mercado brasileiro, o país precisará buscar novos parceiros.

Brasil deve liberar trigo russo para importação

Uma delegação agrícola do Brasil em Moscou deve recomendar a eliminação de barreiras sanitárias para os embarques de trigo russo ao Brasil, afirmou na terça-feira uma autoridade do Ministério da Agricultura.

O Brasil normalmente importa da Argentina a tarifa zero 90% do trigo que compra no exterior. Mas a safra argentina caiu pela metade e o País está restringindo as exportações.

Assim o Brasil deve se voltar para a América do Norte, mais provavelmente o Canadá, em busca de um milhão de t de trigo em meados de 2009.

Os Estados Unidos e o Canadá são os outros dois únicos países de fora do Mercosul cujas barreiras sanitárias foram eliminadas para exportação de trigo ao Brasil. A América do Norte embarcou mais de um milhão de toneladas ao Brasil em 2008.

Mas aparentemente a Rússia parece estar próxima de conseguir a liberação para embarcar sua safra ao Brasil.

"A delegação em Moscou deve agora recomendar a aprovação da Rússia como possível fonte de trigo para os importadores brasileiros", disse o coordenador-geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese.

"A maior parte do trigo russo, entretanto, é do tipo soft, e o Rio Grande do Sul já produz quantidade suficiente disso. Precisamos de trigo duro. A Rússia tem um pouco. Teremos que ver quanto e de que qualidade", completou ele.

Farnese explicou que, quando o governo liberar o trigo russo, representantes das processadoras e importadoras locais viajarão para a Rússia para investigar a qualidade do trigo e fazer contatos.

Na semana passada, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, afirmou que o governo iria abrir uma cota livre de tarifa para o trigo fora do Mercosul a partir de março.

O Brasil tem uma tarifa comum de importação de 10% para grãos com origem fora do Mercosul. Um representante do setor de grãos da Rússia disse duvidar de que o Brasil vá importar muito trigo da Rússia.

"Não acredito em grandes embarques de nosso trigo para o Brasil", disse Arkady Zlochevsky, chefe da União Russa de Grãos.

Ele destacou o elevado custo do frete como principal motivo. O índice do Báltico , referência para custos de fretes, tem subido rapidamente depois das mínimas atingidas nos últimos meses.

"Parece que a janela de oportunidade não vai se abrir à Rússia com a queda da tarifa, já que as taxas de frete estão subindo", disse ele. "Mas pode haver alguns embarques comerciais".

Conquistar o acesso a um dos maiores mercados importadores de trigo do mundo é certamente do interesse comercial da Rússia. O país colheu um recorde de 63,75 milhões de t em 2008.

Argentina mantém restrições à entrada de produtos brasileiros

Três horas de reunião entre ministros brasileiros e argentinos não foram suficientes para convencer o governo do país vizinho a suspender a regra de licenças não automáticas de importação, impostas nos últimos meses a mercadorias de sete segmentos - linha branca, linha marrom, autopeças, calçados, têxteis e confecções, vidros e siderúrgicos.

"Não consideramos que tomamos medidas restritivas. As regras vigentes continuam vigentes, isso com certeza", afirmou o chanceler da Argentina, Jorge Taiana, ao final da reunião, no Itamaraty.

O regime implica na demora de até 60 dias para a liberação de importações e é considerado pela indústria brasileira como uma restrição à entrada de produtos fabricados aqui. Mesmo pressionado no âmbito doméstico, o governo brasileiro não pretende - ao menos por enquanto - responder na mesma moeda, adotando medidas restritivas à entrada de produtos argentinos no País.

"O Brasil prefere não tomar as medidas porque achamos que são contraproducentes ao próprio desenvolvimento da integração. Discutimos várias outras formas que poderão atender a sensibilidades mais imediatas", garantiu o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

"Nossa expectativa é de que, através destas conversas, se encontrem formas mutuamente acordadas que evitem medidas de caráter unilateral. A convicção do Brasil é de que não é positivo que haja medidas dessa maneira", reiterou.

Brasil e Argentina se propõem a encontrar soluções "criativas e inovadoras" para o reequilíbrio do comércio bilateral, que registra déficit crescente da Argentina e consequentes pressões da indústria local sobre o governo de Cristina Kirchner. Na busca de tais soluções, ministros dos dois países decidiram criar um grupo de trabalho de alto nível que se reunirá já no dia 4 de março, em Buenos Aires.

Celso Amorim assegurou que não se trata apenas de mais um grupo de trabalho para questões pontuais. Na sua avaliação, chegou a "hora da verdade" para os mecanismos de integração regional.

"A crise, de certa maneira, cria o teste do estresse, o teste da tensão. Temos que ser capazes de encontrar soluções e as soluções têm que ser mutuamente satisfatórias e têm que apontar no sentido do crescimento do comércio e da maior integração. Esse é o grande desafio. Isso vai ter que ser levado com muita seriedade pelos dois lados", ressaltou o chanceler brasileiro, citando a necessidade de iniciativas de promoção às exportações da Argentina para o Brasil e à integração das cadeias produtivas.

De acordo com os chanceleres, Brasil e Argentina querem buscar respostas coordenadas para questões conjunturais resultantes da crise financeira internacional, mas também pretendem solucionar questões estruturais referentes ao comércio bilateral. Brasil e Argentina também pretendem buscar mecanismos conjuntos de proteção à invasão de produtos extrazona.

"Já é tempo de o Mercosul ter mecanismos de defesa comercial comuns compatíveis com as normas da Organização Mundial do Comércio, isso nós vamos fazer", afirmou Amorim.

Outra frente conjunta será a análise dos efeitos de medidas protecionistas adotadas pelos países ricos em seus pacotes econômicos anti-crise - como a recomendação de compra de aço, ferro e produtos manufaturados fabricados nos Estados Unidos, incluída no Plano de Recuperação e Reinvestimento na Economia do presidente Barack Obama.

Além de Celso Amorim e Jorge Taiana, participaram da reunião desta terça-feira, pelo lado argentino, os ministros de Economia, Carlos Fernández, e da Produção, Débora Giorgi. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

Exportações japonesas caem cerca de 45% em janeiro

Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério das Finanças do Japão apontam que as exportações do país caíram cerca de 45% no último mês de janeiro, em comparação com o mesmo período de 2008.

A forte queda nas exportações japonesas fez com que o país apresentasse um déficit comercial de 952,6 bilhões de ienes (US$ 9,9 bilhões) em janeiro, o mais alto desde que os dados começaram a ser registrados.

Este é o quarto mês consecutivo que o país apresenta déficit comercial. Os indicadores confirmam a gravidade da recessão que tem atingido a segunda maior economia do planeta.

Um dos setores mais afetados foi o das exportações de automóveis. A demanda por carros japoneses caiu quase 69% (em valor) em relação ao mesmo mês de 2008.

As exportações de produtos eletrônicos e outras mercadorias também apresentaram quedas, na medida em que os consumidores passaram a gastar menos por causa da crise econômica internacional.

As vendas de produtos para o mercado dos Estados Unidos - o maior parceiro comercial do Japão - apresentaram uma queda de quase 53% no período, enquanto o comércio com a China recuou em 45%.

Os dados divulgados ainda apontam um recuo de 38% nas exportações para o Brasil em relação ao mês de janeiro de 2008.

Segundo o correspondente da BBC em Tóquio, Roland Buerk, o governo japonês tem pressionado o parlamento para que aprove um pacote de estímulo à economia, que poderia incluir até mesmo o pagamento de US$ 130 para cada contribuinte japonês.

Qualquer medida do tipo, no entanto, deve ser de difícil aprovação por causa da alta rejeição ao primeiro-ministro Taro Aso, segundo Buerk.

A divulgação dos indicadores econômicos acontece um dia depois da visita do primeiro-ministro japonês, Taro Aso, ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington.

Em uma nota divulgada pela Casa Branca logo após o encontro, os dois líderes se comprometeram a "trabalhar juntos para estimular as demandas internas e externas e a ajudar outros países a enfrentarem a crise econômica".

O comunicado ainda afirma que os dois países "concordam em resistir ao protecionismo".

O Japão foi um dos países - junto com Brasil, Canadá e membros da União Europeia - que expressou preocupação com a cláusula conhecida como "Buy American" do plano de recuperação econômica recentemente aprovado pelo Congresso dos EUA.

Após os protestos, no entanto, os congressistas americanos votaram por amenizar a cláusula, prevendo que ela só poderá ser aplicada na medida em que não interfira nos acordos comerciais firmados pelos EUA.

Avião de companhia turca cai em aeroporto de Amsterdã


Um avião da companhia aérea Turkish Airlines (THY) caiu nesta quarta-feira durante o pouso no aeroporto internacional de Schiphol, em Amsterdã, informou a agência turca Anatolia. Um porta-voz do aeroporto onde aconteceu o acidente disse à CNN que poderiam haver vítimas, porém o diretor da companhia aérea, Temel Kotil, confirmou à agência EFE que ninguém morreu no acidente.

"Estamos felizes de dizer que ninguém morreu no acidente. O piloto Hassan Tahsin Ari tem muita experiência. Do ponto de vista técnico, não podemos dizer que tenha caído. Foi uma aterrissagem forçada e o piloto manobrou muito habilmente", disse Kotil.

O presidente da Turkish Airlines, Candan Karlitekin, disse que o aparelho teve que aterrissar apenas 500 m antes do aeroporto de Schiphol e que se partiu em três partes.

Karlitekin acrescentou que a bordo do Boeing viajavam 127 passageiros e sete membros da tripulação, dos quais cerca de 20 ficaram feridos, mas que não houve vítimas fatais. A princípio, divulgou-se que 135 pessoas estariam no avião.

Autoridades no aeroporto Ataturk, em Istambul, disseram que o avião havia decolado na capital turca. O aeroporto de Schiphol foi fechado para pousos e decolagens após o acidente.

Um passageiro do Boeing disse à imprensa turca que viu as pessoas apertadas entre os assentos depois do pouso, mas que não se tratava de uma situação de emergência extrema. Ele disse ainda que sentiu o piloto dando mais potência, uma turbulência e que depois a aeronave bateu com a parte traseira no chão.