Os senadores democratas e republicanos dos Estado Unidos chegaram a um acordo sobre o plano de estímulo econômico, de US$ 780 bilhões neste domingo, no entanto, a votação da medida proposta pelo presidente Barack Obama só deve acontecer na semana que vem, até terça-feira, segundo informou a rede americana CNN.
Informações preliminares davam conta que a votação poderia ocorrem ainda neste fim de semana, o que não se confirmou.
O acordo foi anunciado após uma semana de intensos debates entre democratas e republicanos sobre como e onde reduzir parte do componente tributário do pacote, pensado para criar ou preservar entre 3 milhões e 4 milhões de empregos nos próximos dois anos.
Em declarações no plenário, o senador Harry Reid reconheceu que foi um processo "aberto", mas "difícil", e expressou sua confiança de que o plano seja submetido à votação, esta noite ou nos próximos dois dias.
A Casa Branca se mostrou satisfeita com os avanços conseguidos até agora no Senado.
"No dia em que nos inteiramos que 3,6 milhões de pessoas perderam seus empregos desde que começou a recessão, estamos comprazidos com que esse processo caminhe e estejamos mais perto de dar aos americanos um plano que crie milhões de vagas", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em comunicado.
O grupo negociador de 20 senadores, liderado pelo democrata Ben Nelson e a republicana Susan Collins, conseguiu reduzir o plano de estímulo de pouco mais de US$ 900 bilhões a US$ 780 bilhões, perante pressões políticas.
Nelson explicou que é urgente que o Senado aprove o plano econômico no momento em que aumenta a ansiedade dos americanos devido à perda em massa de empregos.
No entanto, não é certeza que os democratas reúnam os 60 votos mínimos necessários para a aprovação do plano.
"O povo americano quer que trabalhemos juntos. Não querem nos ver divididos em torno da crise mais grave que nosso país enfrenta", afirmou Collins.
Durante a noite, os congressistas continuaram debatendo e votando sobre uma série de emendas para lapidar o texto definitivo do Senado.
Uma emenda bipartidária, que pretendia transferir aos hipotecários fundos de um programa de prevenção de doenças venéreas e de ajuda a fumantes, foi derrotada por 57 votos a 39.
Na semana passada, a Câmara dos Representantes aprovou sua própria versão do plano, dotada de US$ 819 bilhões e que compreende cortes tributários para famílias e negócios, assim como fortes investimentos em programas sociais e projetos de infraestrutura.
Apesar do enorme capital político investido pelo presidente Barack Obama nesse projeto, e de suas ânsias por uma cooperação bipartidária, nenhum republicano da Câmara votou a favor do plano.
De todas as maneiras, a versão que sair do Senado terá que ser harmonizada com a da Câmara de modo a produzir um só texto definitivo.
A meta é enviá-lo a Obama no próximo 13 de fevereiro, ou antes do recesso da semana seguinte, para promulgação.
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