A pobreza crescerá entre 10% e 15% na América Latina em 2009, causa da perda de 4 milhões de empregos se não houver uma resposta contundente à crise econômica, afirmou nesta sexta-feira Rebeca Grynspan, diretora para a América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
A região precisa urgentemente de injeção de dinheiro público para evitar que se percam os avanços sociais conseguidos nos últimos anos, disse ela à imprensa.
"Minha preocupação é de que, ao contrário dos governos maiores, as economias pequenas e médias não têm como bancar um choque desta magnitude", assinalou.
Ela chamou de insuficientes os empréstimos adicionais estendidos pelo Banco Mundial e outros organismos internacionais, e pediu um aumento dos recursos para a região.
Se não houver uma resposta mais enérgica, as consequências serão muito graves. Ela explicou que as previsões "otimistas" apontam que a região crescerá este ano apenas "em torno de 1%".
"Isso causará uma perda de 4 milhões de empregos, e um crescimento dos trabalhos informais e mal remunerados, que colocarão 7 milhões de trabalhadores em situação precária", afirmou.
Além disso, a percentagem de pobres passará de 35% da população para um patamar entre 38% e 40%, o que significa uma volta à taxa de 2005.
A diretora do Pnud para a região também chamou a atenção para a vulnerabilidade com a crise mundial de crédito das empresas brasileiras e mexicanas que se financiam nos mercados internacionais.
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