A Polícia Civil de Tupã, no interior de São Paulo, encontrou na noite de terça-feira o corpo da arquiteta e apresentadora de TV Aparecida Valéria Colnago, 42 anos, que estava desaparecida desde a manhã de segunda-feira. Segundo a polícia, o pedreiro Reginaldo Calil Sanches confessou o homicídio e levou os agentes ao local onde havia enterrado o corpo.
Valéria foi morta em sua própria casa, no bairro Jardim Universitário. Ela desapareceu na manhã de segunda, ao voltar da casa do namorado, em Bauru. A polícia foi avisada do desaparecimento pelos filhos dela, que moram em São Paulo, pelo namorado e pela mãe. "Eles ligaram para a polícia para saber do paradeiro dela", disse o delegado Washington Muzzi, responsável pelo caso.
Na manhã de terça-feira, o carro de Valéria foi encontrado perto da rodoviária de Tupã, com marcas de sangue, mas com o notebook e roupas no porta-malas. "Isso nos intrigou, mas conseguimos ouvir amigas dela, que nos contaram que ela tinha problemas com um pedreiro, que estava lhe incomodando", disse o delegado.
Depois de localizado, Sanches, que havia trabalhado meses antes na casa da arquiteta, confessou o crime. Aos agentes, ele contou que se encontrou com Valéria na casa dela para tratar de um serviço. Mas os dois teriam discutido e ele a teria empurrado. "Ela achou caro o que eu pedi, passou a me xingar e saiu andando. Fiquei revoltado, e a empurrei. Ela bateu a cabeça na pia", disse Sanches.
O suspeito disse que tentou sair, mas o portão elétrico estava trancado. Segundo ele, ao voltar à cozinha, percebeu que Valéria soltava sangue pela boca, enrolou-a num tapete e passou a sufocá-la com joelho até que ela parasse de respirar. Depois, segundo contou, roubou joias no quarto da arquiteta, amarrou as mãos da vítima e colocou o corpo no banco traseiro do carro, mas como ela ainda se mexia, usou uma enxada para desferir dois golpes na vítima. Em seguida, foi até uma estrada vicinal e cobriu o corpo com terra, perto de uma mata.Voltou à cidade e deixou o veículo perto da rodoviária.
Embora não haja testemunhas do encontro de Sanches com Valéria, a polícia não acredita na versão contada por ele e acha possível que o crime tenha ocorrido por uma obsessão do pedreiro em manter relacionamento com a vítima.
"Temos indícios de que ele a estava perseguindo e de que não houve contratação de serviço ou qualquer discussão. Pode até ser que ele tenha invadido a casa dela por outro motivo. As amigas dela nos contaram que ela reclamava de um pedreiro, que lhe estava assediando e o acusado disse para amigos que havia uma arquiteta interessada nele", disse o delegado.
O suspeito deve ser indiciado por latrocínio e ocultação de cadáver. Segundo Muzzi, exames estão sendo feitos para constatar se Valéria foi vítima de violência sexual. Caso seja confirmado, Sanches também será indiciado por crimes dessa natureza.
Depois de ser velado pela manhã em Tupã, o corpo de Valéria foi enterrado no início da tarde desta quarta-feira, na cidade de Marília, onde moram seus familiares.
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