segunda-feira, 8 de junho de 2009
IML do Recife cria força-tarefa para identificar vítimas
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco garante que o Instituto Médico Legal (IML) de Recife está preparado para receber os corpos das vítimas do acidente do vôo 447 da Air France. Uma força-tarefa foi criada para tentar agilizar os trabalhos de identificação das vítimas do acidente tão logo eles cheguem à capital do Estado e um plano de crise foi elaborado com base em três diferentes cenários, montados a partir da quantidade hipotética de corpos resgatados.
A busca e o resgate aos corpos das vitimas é responsabilidade das Forças Armadas brasileiras, a investigação das causas do acidente competem a autoridades francesas e a identificação dos corpos será feita pela Polícia Civil de Pernambuco em conjunto com a Polícia Federal.
Segundo a assessoria da secretaria, se todos os 228 corpos forem levados ao IML, duas hipóteses serão avaliadas: a criação de um local alternativo à sede do instituto para abrigar as equipes técnicas que irão trabalhar no reconhecimento dos mortos ou a transferência dos serviços realizados pelo IML que não estejam ligados à identificação dos corpos das vítimas do voo 447 para hospitais públicos da região. A secretaria garante que qualquer que seja a solução, não irá afetar a rotina do órgão.
Além de contar com 329 papiloscopistas, 105 médicos legistas e 167 peritos, o instituto recebeu o reforço de oito policiais federais especialistas na identificação de corpos. Cinco deles são de Brasília e três de Recife. A princípio, foi definido que, caso seja necessário recorrer a exames de reconhecimento por DNA, eles serão realizados pela PF.
Um médico, um auxiliar legista, um perito criminal e um datiloscopista já estão em Fernando de Noronha, para onde os corpos já resgatados estão sendo levados. Na ilha, os técnicos coletarão material que possa auxiliar no reconhecimento das vítimas. Estes indícios serão enviados para Recife, onde o trabalho será concluído.
Em nota divulgada na quarta-feira, o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, não descartou a hipótese de Pernambuco solicitar a ajuda de outros estados e, principalmente, de embaixadas dos países de origem de vários passageiros. Entre as 228 pessoas que viajavam a bordo do Airbus A-330, havia pessoas de 32 diferentes nacionalidades.
Desde ontem, um cerco de policiais civis isola parte da rua onde funciona o IML, no bairro de Santo Amaro, impedindo que populares e até mesmo os jornalistas se aproximem do local. Como a primeira embarcação da Marinha brasileira, a fragata Constituição, só deve chegar a Fernando de Noronha nesta terça-feira, a quantidade de curiosos presentes ao local era pequena na tarde deste domingo, sendo, a maioria, moradores da própria rua.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
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