quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mensalão: defesa de Jefferson quer acareação de ex-ministros


Após os depoimentos desta tarde do processo sobre o chamado esquema do mensalão na Justiça Federal, em São Paulo, o advogado que defende o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) afirmou que entrará no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de acareação entre o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP, ex-ministro de Relações Institucionais) e o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça).

Nesta semana, a Justiça começou a ouvir as testemunhas do caso do mensalão. Ainda serão ouvidos, entre outros, o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nobrega e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo Luiz França Barbosa, os dois entraram em contradição ao relatarem a natureza da investigação do governo sobre as denúncias de suposto pagamento de propinas a deputados em troca de apoio a iniciativas do governo no Congresso.

Bastos teria afirmado que acreditava que o governo federal havia realizado uma investigação formal. De acordo Barbosa, Aldo apresentou uma versão diferente: teria dito em seu depoimento que a investigação foi informal.

"O ponto da acareação é esse: se foi formal a apuração que se diz que foi feita e a quem incumbia", disse. Procurado pela reportagem, Rebelo informou que falou apenas por si e por seu ministério.

O advogado de José Dirceu, José Luís Oliveira Lima, disse que esta diferença nos depoimentos não tem relevância para o processo. O procurador da República Rodrigo de Grandis disse que o pedido de acareação é "mero posicionamento de defesa".

Mensalão
Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, contra 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema do mensalão. Todos terão que responder a ação penal no STF. Entre os envolvidos, estão o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT deputado José Genoino (PT-SP), Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério.

No início de maio, o STF retirou a denúncia de gestão fraudulenta contra o ex-tesoureiro, Genoíno e Marcos Valério. A ação se referia a empréstimos feitos pelo PT ao Banco BMG.

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