CDs de "cinco dimensões" com uma capacidade 10 mil vezes maior que os DVDs atuais poderiam estar disponíveis no mercado daqui a 10 anos, afirmaram pesquisadores nesta quarta-feira. Um time de cientistas da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, informou que reunindo nanopartículas e uma dimensão de "polarização" à atual tecnologia, a capacidade de armazenamento pode ser aumentada ao extremo, sem mudar o tamanho dos discos atuais.
Os pesquisadores, que assinaram um acordo com a Samsung Electronics, disseram que a técnica permitiu que armazenassem 1,6 terabytes de dados em um CD que potencialmente poderia, um dia, armazenar até 10 terabytes. Um terabyte é suficiente para armazenar cerca de 300 filmes de longa-metragem, ou 250 mil músicas. "Nós conseguimos demonstrar como material nanoestruturado pode ser incorporado a um CD para aumentar a capacidade de dados, sem aumentar o tamanho físico do CD", afirmou Min Gu, que trabalhou na pesquisa, em uma declaração.
"Estas dimensões a mais são a chave para a criação de CDs com super capacidade", acrescentou. Atualmente, os discos têm até três dimensões espaciais mas, usando nanopartículas, os pesquisadores dizem ter conseguido incluir uma dimensão espectral - ou colorida - além da dimensão de polarização.
Os pesquisadores, que publicaram suas descobertas na revista Nature, criaram a dimensão colorida ao inserir nanobastonetes de ouro na superfície dos CDs. Como a reação das nanopartículas à luz depende de sua forma, isso permitiu aos pesquisadores que registrassem informações de um série de diferentes comprimentos de onda de luz sob o mesmo ponto do disco.
Os DVDs atuais são gravados sob apenas um comprimento de onda de luz, usando um laser, disseram pesquisadores. Os pesquisadores também criaram uma dimensão extra usando polarização, uma técnica em que se projeta ondas de luz sobre o disco para gravar diferentes camadas de informações em diferentes ângulos.
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