O ministro britânico para Negócios, Empreendimentos e Reforma Regulatória, Peter Mandelson, afirmou nesta quarta-feira que a burocracia brasileira prejudica os investimentos no País. Ao falar em um evento que reuniu empresários brasileiros e representantes de empresas do Reino Unido, Mandelson disse que a dificuldade para se abrir ou fechar uma companhia no Brasil é uma das razões pelas quais os estrangeiros deixam de fazer negócios no País.
"A burocracia é uma barreira aqui (no Brasil), tanto para os britânicos quanto para os brasileiros", afirmou.
Mandelson esteve na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), liderando a missão oficial que tem como objetivo aumentar os investimentos britânicos no Brasil. Na sua exposição, ele citou a redução dos entraves burocráticos como a primeira condição para incremento dos negócios entre os dois países.
Segundo ele, o Brasil e Reino Unido têm um grande potencial econômico. A economia brasileira está crescendo e tornando-se importante globalmente. Acordos entre os países podem facilitar investimentos, inclusive, para realização de obras para a Copa de 2014, que será realizada no Brasil.
O ministro britânico disse ainda que na área da ciência e tecnologia os dois países também têm muito a colaborar um com o outro. Revelou que os britânicos estão interessados na tecnologia da agropecuária brasileira e na engenharia para exploração de águas profundas. Os brasileiros, em compensação, podem aprender com os britânicos a produção de bens ambientalmente sustentáveis e de tecnologia de ponta. "Há muita sinergia para explorar", disse.
Para Mandelson, e a crise mundial reduziu, neste momento, a possibilidade de negócios entre os países. Mas acredita que o comércio mundial certamente será uma das principais soluções para os problemas atuais, assim como o investimento em produção.
Entre Brasil e Reino Unido, o comércio de produtos tem aumentado nos últimos anos. Dados apresentados por Mandelson mostram que os comércio entre os dois países passou de 3 bilhões de libras (cerca de R$ 9,9 bilhões), em 2007, para 4 bilhões de libras (cerca de R$ 13,2 bilhões) em 2008.
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