quinta-feira, 19 de março de 2009

Lipo a laser é menos agressiva e combate a flacidez


Mesmo após suar a camisa por meses seguidos na academia, algumas gordurinhas teimam em comprometer a silhueta. Aquela barriguinha indesejada ou o pneuzinho na cintura causa inquietação nas mais vaidosas, e pensar em lipoaspiração acaba sendo o próximo passo. Para quem teme a cirurgia plástica, porém, uma novidade que está prestes a chegar ao Brasil pode ser uma alternativa.
Um novo aparelho, o SlimLipo, promete o mesmo efeito do método convencional, mas uma recuperação pós-cirúrgica mais rápida, com redução dos hematomas, inchaços e dores. Aprovado pelo FDA (agência que regulamenta remédios, equipamentos médicos e alimentos nos Estados Unidos), deve chegar ao País na segunda metade deste ano. Mas alguns especialistas já apostam na sua eficácia. "Para mim, o SlimLipo é a evolução da lipoaspiração convencional", afirma o cirurgião plástico Marcelo Assis.

A técnica também é conhecida como lipo a laser, porque a cânula (que é menor do que a utilizada normalmente) possui uma fibra óptica que é introduzida na pele e aquece a região. "Esse laser gera calor e dissolve a gordura, que é aspirada por outra cânula ou é naturalmente eliminada pelo sistema linfático", diz Alexandre Filippo, coordenador do departamento de laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Segundo Assis, a gordura dissolvida é mais fácil de ser removida do corpo. "Na lipoaspiração convencional, a gordura é aspirada sob a forma de grânulos e é por isso que temos de fazer aquele movimento de vaivém com a cânula", diz o cirurgião. "As conseqüências são o inchaço, a dor e os hematomas causados pelo sangramento na hora da operação", explica o médico.

Os efeitos desconfortáveis do método tradicional são amenizados na lipo a laser. "Não há sangramento, e o calor ainda estimula a produção do colágeno, que diminui a flacidez na área", informa Filippo. Por ser menos agressiva, a recuperação é mais rápida. "A paciente pode retornar às atividades no dia seguinte", diz. O médico, entretanto, lembra que o procedimento continua sendo invasivo e, portanto, deve ser realizado em centro cirúrgico. "O local precisa ter condições de atender a quaisquer complicações, como queda de pressão arterial ou do nível de glicose", fala.

E, embora no procedimento com o SlimLipo a anestesia seja local - e não geral ou peridural, como ocorre normalmente -, é imprescindível o trabalho de um cirurgião plástico ou dermatológico para fazer a incisão. "Profissionais inexperientes podem deixar deformidades nas pacientes", alerta Filippo.

Apesar de o aparelho ser indicado para as mais variadas regiões do corpo -desde o pescoço (para a diminuição da "papada") até a barriga -, é preciso avaliar os riscos. Marcelo Assis comenta que o laser tem de agir na camada de gordura mais profunda, chamada de lamelar. "O calor em uma camada gordurosa superficial pode causar queimadura de dentro para fora", conta. "E o resultado disso são buracos na pele que só são revertidos com enxertos."

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