segunda-feira, 30 de março de 2009

Fidel chama Biden de chorão e nega abertura política em Cuba

O ex-presidente cubano Fidel Castro chamou de "lamentos chorões" que dão "lástima" as afirmações do vice-presidente americano, Joseph Biden, de que os Estados Unidos não suspenderam o embargo econômico que mantêm contra Cuba desde 1962, e fechou a possibilidade de abertura política na ilha.

Biden rejeitou no sábado, em Viña del Mar (Chile), que o Governo de Barack Obama vá retirar essa política e afirmou que os cubanos "devem determinar seu próprio futuro e devem poder viver em liberdade e com a possibilidade de prosperidade econômica".

Em artigo divulgado neste domingo pelo site cubadebate.cu, Fidel pede "que leiam as declarações do piedoso católico Joe Biden em Viña del Mar, que descarta levantar o bloqueio econômico a Cuba".

"Seus lamentos chorões dão lástima, especialmente quando não existe um só Governo latino-americano e caribenho que não veja nessa medida 'antediluviana' um resquício do passado", acrescenta Fidel.

No entanto, ele mesmo deixa claro que também não pretende se afastar dos 50 anos passados desde 1959, nos quais ele exerceu o poder em Cuba até 2006, quando, doente, transferiu-o para seu irmão, Raúl, que foi efetivado como presidente no ano passado.

Segundo, Fidel, que sofre de uma doença intestinal, Biden estaria "suspirando por uma transição interna que em nosso país seria francamente contra-revolucionária", transparecendo que não tem intenção de permitir alguma abertura democrática na ilha.

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