O diretor de Assuntos Corporativos e de Relações com a Imprensa da Volkswagen, André Senador, afirmou neste sábado que o corte de 16,5 mil vagas de funcionários terceirizados em 2009 não afetará o Brasil. Segundo ele, o País não conta com mão-de-obra terceirizada na produção.
A Volkswagen emprega 22 mil pessoas no Brasil. Desse total, 1,6 mil são contratos temporários. De acordo com o diretor, o que vai determinar a continuidade ou a extinção desses postos "é a evolução da economia e do mercado" no decorrer de 2009, frente à crise.
O corte das 16,5 mil vagas foi anunciado pelo presidente da empresa, Martin Winterkorn, em entrevista à revista alemã Der Spiegel divulgada neste sábado. A VW emprega no total aproximadamente 330 mil pessoas no mundo.
Na edição da revista que entra em circulação neste domingo, Winterkorn admite que a medida não é "agradável". Ele justifica-se dizendo que as demissões são "inevitáveis", em virtude da crise que afeta o setor automobilístico.
As vendas do primeiro construtor automobilístico europeu caíram 15% em janeiro e a Volkswagen prevê ainda um recuo de 10% em 2009. A montadora alemã não exclui a possibilidade de registrar prejuízo no primeiro trimestre em razão da queda dos mercados no mundo.
No entanto, Winterkorn garantiu que os empregos do pessoal fixo da Volkswagen não estão ameaçados por enquanto. "Ninguém aqui ainda está pensando em demissões ou algo parecido", declarou.
"Com a carga horária de trabalho reduzida, conseguimos não fabricar estoques de carros. E temos uma semana de trabalho de 35 horas que podemos reduzir a 28 horas. Podemos também limitar a produção e garantir a manutenção do pessoal fixo. Para este ano, não vejo nenhum problema", acrescentou o executivo.
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