terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"Se deixarmos de agir, a crise se aprofundará", diz Obama


O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu o plano de estímulo à economia durante a sua primeira entrevista à jornalistas desde a sua posse em 20 de janeiro. "Se deixarmos de agir, a crise se aprofundará", disse.

Obama faz um pronunciamento inicial e logo após abriu espaço para perguntas de parte dos 100 jornalistas presentes na Casa Branca. Ele defendeu o poder estatal para agir contra a crise como sendo "a única entidade com os recursos para sacudir a economia norte-americana e fazê-la voltar à vida".

"É apenas o governo que pode quebrar o ciclo vicioso onde a perda do emprego leva as pessoas a gastarem menos dinheiro, o que leva a ainda mais demissões. E quebrar esse ciclo é exatamente o que o plano que está tramitando no Congresso foi desenhado para fazer", disse Obama.

Além disso, Obama pediu ao Congresso que aprove seu plano de estímulo econômico "esta semana", prometendo "fazer o que for necessário" para garantir que os Estados Unidos voltem ao trabalho.

"Quero agradecer aos membros do Congresso, que trabalharam duro para fazer este plano avançar", disse. "Mas também quero fazer um apelo a todos os membros do Congresso, para que ajam sem demora esta semana, para solucionar suas divergências e aprovar este plano".

"Essa não é uma recessão comum. Estamos atravessando a pior crise econômica desde a Grande Depressão", disse. Obama citou a "década perdida" do Japão, nos anos 1990, como exemplo do que pode acontecer quando a economia não consegue ressuscitar.

"Perdemos até agora 3,6 milhões de empregos. Mas o que talvez seja mais perturbador é que quase a metade dessas perdas aconteceram nos últimos três meses, o que significa que os problemas estão acelerando em vez de melhorarem", disse o presidente.

O presidente dos Estados Unidos culpou os bancos pela atual crise econômica, por terem assumido riscos "exorbitantes" com a compra de títutlos de qualidade qustionável. "O que nos levou a essa confusão foram os riscos exorbitantes assumidos pelos bancos em títulos duvidosos com o dinheiro de outros".

Obama falou horas depois de o Senado dos EUA superar uma barreira regimental para que o pacote de US$ 838 bilhões de cortes de impostos e gastos governamentais emergenciais seja votado na terça-feira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário