O último líder do ETA detido, Jurdan Martitegi Lisaso, planejava matar o juiz Baltasar Garzón colocando veneno em uma garrafa de conhaque, que lhe seria enviada por um falso admirador, informa nesta segunda-feira o jornal espanhol El País.
Quando foi detido, em abril, Martitegi tinha em seu poder uma lista de planos de atentados entre os quais figurava a tentativa de assassinar Garzón, famoso pela investigação sobre os desaparecidos da guerra civil espanhola e da ditadura de Franco.
Com a finalidade de evitar qualquer suspeita dos serviços de segurança, a bebida seria enviada a partir de uma agência de mensagens e seu remetente seria um suposto estudante de Direito, de fora do País Basco. Em um bilhete, que acompanharia a garrafa, o falso estudante explicaria sua admiração pelo juiz, entre outras coisas, por ter processado Augusto Pinochet.
O atentado era planejado, segundo o documento, como um desafio às medidas de segurança e uma advertência de que, por mais vigilância que se tenha, é possível alcançar os objetivos. O relatório considerava ainda que este sistema funcionaria apenas uma vez, já que seriam adotadas novas medidas de segurança antiterrorismo, mas que seria "uma vitória para a organização".
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