terça-feira, 9 de junho de 2009
Argentina acha autor de ameaça de bomba e nega elo com 447
A Justiça Federal da Argentina anunciou, nesta segunda-feira, ter localizado o autor de um falso alerta de bomba em uma aeronave da Air France que partiu no último dia 27 de maio de Buenos Aires com destino a Paris. O suspeito teria ligado para um escritório da Air France em Buenos Aires fazendo o falso alerta, apenas quatro dias antes de uma outra aeronave da empresa, o vôo AF 447, ter sofrido um acidente em um vôo entre Rio de Janeiro e Paris.
A informação sobre a localização do autor do telefonema, sua prisão na sexta-feira e sua libertação no dia seguinte, foi divulgada somente nesta segunda-feira e confirmada à BBC Brasil por assessores do juiz federal Cláudio Bonadío, responsável pelo caso.
As mesmas fontes descartaram a possibilidade de que o autor do telefonema possa estar vinculado, de alguma forma, ao acidente no Brasil. "Ficamos com a impressão de que foi uma coincidência", afirmaram.
De acordo com a Justiça Federal argentina, o autor da ligação sobre a falsa bomba seria Alfredo Villarroel, um ex-empregado da Air France.
Ex-funcionário
Villarroel teria ligado de seu próprio telefone celular, o que teria facilitado a sua localização no município de Florencio Varela, na grande Buenos Aires, segundo a Justiça argentina.
O suspeito trabalhava na parte burocrática da Air France na capital argentina e foi demitido em 2006. Desde então, trava uma disputa judicial com a empresa em Buenos Aires.
Apesar de ter sido liberado no sábado, ele responde a processo por "intimidação pública" por ter dado um telefonema anônimo que "tirou a tranquilidade" de algumas pessoas, segundo assessores de Bonadío. Caso condenado, Villarroel pode pegar pena de dois a seis anos de prisão.
Após a ligação em que o suspeito afirmava haver uma bomba na aeronave, empregados da Air France e agentes argentinos realizaram uma varredura no avião, sem nada encontrar.
A aeronave decolou para Paris no final da tarde daquele mesmo dia. Como nada foi encontrado, segundo os investigadores, os passageiros nem chegaram a ser informados sobre a suspeita de bomba.
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