O saldo da geração de empregos formais no Brasil (contratações menos demissões) foi positivo em 131.557 vagas em maio, acima do resultado de abril (106.205 vagas) mas ainda 35,1% inferior ao resultado de maio do ano passado, quando foi registrada a criação de 202.984 postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta segunda-feira, pelo Ministério do Trabalho.
O resultado é o melhor desde setembro do ano passado, quando foram gerados 282.841, e marca a primeira vez do ano em que o saldo é positivo nas cinco regiões do País e em todos os setores da economia.
Em maio, 1.348.575 pessoas foram admitidas contra 1.217.018 demitidos. Nos últimos doze meses, o emprego formal cresceu 1,84%, ao passo que de janeiro de 2003, início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até maio deste ano, foram geradas 7.900.983 vagas formais de emprego.
"Temos o mais baixo número de desligados de janeiro até hoje. Volto a fazer minhas acertivas otimistas de que vamos chegar a (saldo de) um milhão de empregos este ano", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Em termos setoriais, coube à agricultura o desempenho mais favorável, com expansão de 3,36% ou geração de 52.927 novos postos de trabalho. O setor de construção civil, estimulado por medidas para retomar as atividades durante a crise, apresentou o segundo melhor saldo em toda a série do Caged para os meses de maio, com saldo positivo de 17.407 vagas com carteira assinada.
Regiões do País
Quando verificada a performance das regiões na geração de empregos em maio, o Sudeste aparece na primeira colocação, com 100.020 postos criados, seguido do Nordeste, com 13.731 vagas formais geradas, e do Centro-Oeste, com saldo de 7.233 vagas com carteira assinada. As regiões Sul e Norte, respectivamente, tiveram resultado positivo de 5.534 e 5.039 postos de trabalho.
"O meu otimismo tem que ter alguma base real. Permanentemente, estudo essa questão do Caged. A conclusão que eu já tinha era que em março começava a virar e agora temos um saldo positivo crescente. Estou muito otimista com esse comportamento. O Brasil está vendo a crise pelo retrovisor, e o governo precisa continuar (liberando) linhas de crédito, (buscando) baixa de taxa de juros. Vamos nos reunir com o Banco do Brasil e as linhas do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) terão uma baixa significativa do spread final. Vamos trabalhar com todas as medidas possíveis para beneficiar a produção e o consumo", comentou Lupi, estimando entre 350 mil e 400 mil o saldo de empregos gerados no final do primeiro semestre do ano.
"Não estou imaginando que estamos com o jogo ganho, mas estou imaginando que estamos no caminho da vitória. Em junho teremos um resultado maior que maio", completou o ministro.
Como resultado positivo da geração de empregos, também decaiu o volume de pedidos de seguro-desemprego, anunciou Carlos Lupi. Em maio deste ano foram 536.170 requerimentos, diante de 566.676 requerimentos no mesmo período do ano passado. "Esses numeros não são finais, mas esses indicativos apontam que diminuíram as solicitações de seguro-desemprego e cresceu a economia. Aqueles demitidos no auge da crise já utilizaram (o benefício) e a tendência agora é diminuir", disse Lupi.
A Bolsa Qualificação, mecanismo que permite que as empresas afastem funcionários temporariamente sem demiti-los, também teve alta na comparação entre os primeiros cinco meses de 2009 e período similar de 2008. De janeiro a maio deste ano, foram feitas 16.345 solicitações de Bolsa Qualificação em comparação com 2.611 nos primeiros cinco meses do ano passado. Em maio de 2009, foram 2.097 requerimentos, contra 119 no mesmo mês do ano passado.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário