terça-feira, 14 de abril de 2009

Pesquisa australiana mostra que funcionários que navegam pela Internet durante o expediente são mais produtivos que a média.


Pode parecer brincadeira, depois de tudo que já se leu e ouviu por aí nos últimos anos. Mas uma pesquisa recente da Universidade de Melbourne, na Austrália, concluiu que funcionários que passam algum tempo navegando na Internet por razões pessoais produzem mais que os colegas.

O estudo registrou até 9% a mais de produtividade dos funcionários que trocam mensagens instantâneas com amigos e familiares e também usam comunidades virtuais, como o Facebook, o Orkut, MySpace etc.

O autor da pesquisa é o professor Brent Coker, titular da cadeira de Administração e Marketing da universidade. Segundo ele, “as pessoas precisam se desligar um pouco do trabalho para voltar mais concentradas”.

O projeto do professor chama-se “Workplace Internet Leisure Browsing” (WILB) e tinha como missão primária estudar hábitos de consumo dos internautas. Ninguém esperava, entretanto, que a pesquisa fosse se aprofundar tanto a ponto de deparar com o cenário acima descrito.

Anualmente, as empresas gastam milhões de dólares na tentativa (muitas vezes frustrada) de bloquear o acesso de seus funcionários a sites que o afastem de suas responsabilidades. A explicação das companhias é que elas perdem produtividade sempre que um de seus empregados resolve dar uma passeada pelo mundo virtual.

Bem, a pesquisa do professor Coker diz que não é bem assim: “Nem sempre essa máxima é válida. Funcionários que têm mais liberdade tendem a ser mais responsáveis e criativos”. Ele se refere não apenas às comunidades sociais, mas a sites consagrados, como o YouTube, or exemplo, ou sites de jogos online.

Mas claro que a pesquisa se refere a funcionários que dedicam menos de 20% de seu tempo no escritório à Internet. “Esses são mais produtivos que a maioria; já os que passam mais de 20% de seu tempo no trabalho navegando com certeza serão menos produtivos”.

A polêmica em torno do assunto, despertada pela pesquisa, está levando algumas companhias a repensar sua política de acesso à Internet. Afinal, se o professor Coker estiver mesmo correto, que empresário não gostaria de gastar menos (com segurança) e ganhar mais (com aumento de produtividade)?

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