quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe: Anvisa monitorará vôos de mais 2 países e Reino Unido


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta terça-feira, que o Gabinete Permanente de Emergência decidiu ampliar o monitoramento dos vôos vindos de áreas afetadas pela gripe suína. Além do México, dos Estados Unidos e do Canadá, o órgão vai monitorar os viajantes provenientes da Espanha, Reino Unido e Nova Zelândia.

Cerca de 100 pessoas - incluindo representantes das empresas, da Infraero, Receita Federal, Polícia Federal e consulados do México e EUA - participaram de uma reunião nesta terça-feira no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para discutirem medidas contra a gripe suína. Segundo o diretor da Anvisa, José Agenor Alvarez da Silva, as companhias aéreas se comprometeram a repassar informações sobre possíveis casos da doença à agência.

"Neste momento, todas as empresas estão comprometidas a informar todos os passageiros e encaminhar todos os problemas que por ventura tenham (à Anvisa)", disse o diretor. Segundo a Anvisa, as companhias deverão repassar formulários para os passageiros antes da aterrissagem no Brasil.

No documento, os viajantes colocarão dados pessoais e informarão se sentiram algum sintoma semelhante aos da gripe suína. Caso seja verificado algum caso suspeito, o comandante do avião deverá comunicar a torre de controle do aeroporto, para a Anvisa colocar em prática o plano de contingência, que foi criado em 2006 para a gripe aviária e adaptado para a nova doença.

Segundo a gerente de orientação da Anvisa, Karla Baeta, as principais dúvidas das companhias aéreas eram sobre o fluxo de passageiros, os procedimentos de desinfecção do avião, quando deveriam ser usados equipamentos como máscaras e o tratamento de resíduos. Karla afirmou que existem dois momentos para a identificação dos sintomas da doença: um na entrada dos aviões e outro no destino. Segundo ela, por causa da incubação do vírus, a grande maioria dos casos será identificada no destino e não nos aviões.

Segundo a Anvisa, os resíduos sólidos provenientes das aeronaves vindas das áreas afetadas serão classificados como resíduos do tipo A, considerados potencialmente infectantes. O descarte desses resíduos passará por procedimentos de desinfecção antes da destinação final. Normalmente, os dejetos vão para aterros sanitários.

A Anvisa voltou a criticar a demora da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela demora na notificação dos casos de gripe suína. Segundo José Agenor da Silva, os casos começaram a ser identificados nos países afetados no dia 18 de março, mas o alerta geral só foi dado na sexta-feira. "Agora precisamos correr para adaptar nosso plano", disse.

O que é a gripe suína
É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2.

A gripe suína geralmente não atinge os humanos, e até então eram raros são os casos de contágio de pessoa para pessoa. A contaminação ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de perdigotos (gotículas de saliva) lançados na tosse e espirros.

Sobre o recente surto que teve origem no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1 do vírus Influenza A.

Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses européias e asiáticas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário