O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou neste domingo, em Nova York, que a falta de experiência dos Estados Unidos com bancos públicos fez com que o governo americano nacionalizar as instituições financeiras em dificuldades "na marra".
"A saída melhor seria nacionalizar bancos. O banco não agüenta, então o Estado entra. Mas existe uma forte resistência dos Estados Unidos, acho que por questões ideológicas. Eles também não têm experiência com bancos públicos, mas acabam tendo que fazer na marra", disse Mantega, que está na cidade americana para o seminário "Brasil: Parceiro Global na Nova Economia", que ocorrerá nesta segunda-feira.
Para o ministro brasileiro, é necessário regulamentar as instituições financeiras, mas o primeiro passo seria nacionalizar os bancos e depois tirar os ativos tóxicos. "Nacionalizar não é dar dinheiro para o banco, é o governo entrar no banco, ter participação acionária", disse.
Ele afirmou ainda que, no encontro dos ministros de Finanças do G20, na Inglaterra, no sábado, falou-se de regularização. Uma das idéias seria a criação de um órgão mundial para regulamentação. No entanto, segundo Mantega, os Estados Unidos não devem aceitar a proposta. "Eles não gostariam de ter um organismos comandando. Diminuiria a capacidade de manobras", disse.
"Não adianta ficar jogando dinheiro por helicóptero, porque não vai incentivar o consumo", completou o ministro.
Mantega voltou a demonstrar otimismo em relação à economia brasileira na crise. "Nossa capacidade de recuperação é maior, nossa capacidade fiscal também", disse ele.
"Cada país tem uma reação diferente na crise", afirmou. "A China e o Brasil são os países que estão em condições melhores".
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