O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciou na tarde desta segunda-feira que o juiz mineiro Alexandre Buck - a quem havia determinado que ouvisse quase 150 testemunhas de defesa do mensalão em 80 dias -, tomou os depoimentos em três semanas. No entanto, mesmo com a agilidade, o ministro do STF acredita que somente consiga levar o caso ao Plenário em 2011.
Sobre o adiantamento no processo de ouvir as testemunhas, que considerou "surpreendente", o ministro do STF e relator do mensalão destacou que o feito implica em mudanças no calendário de oitiva das testemunhas. Mas a celeridade não deve garantir que em menos de dois anos seja possível chegar ao julgamento do mensalão. "2010 é inviável", resumiu Joaquim, que assume, no ano que vem, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando passará a comandar os preparativos das eleições de outubro.
Nas três semanas de depoimentos, Alexandre ouviu 98 testemunhas de defesa da ação. Dos depoentes, 47 desistiram ou não foram localizadas. Dentre as pessoas que deveriam ser ouvidas, o governador mineiro Aécio Neves - que tem o direito de escolher data, hora e local para ser ouvido em virtude do cargo político que ocupa -, enviou carta ao juiz afirmado que desconhece os fatos tratados, justificativa que utilizou para não depor.
Com o adiantamento do processo, Barbosa declarou ainda que o calendário de audiências deverá antecipar as datas dos próximos depoimentos. A última unidade da federação a realizar audiências será o Distrito Federal, onde 200 pessoas foram indicadas pelos réus para serem ouvidas.
Segundo o ministro do STF, o julgamento da ação penal do mensalão pode se transformar em um dos maiores já realizados pela Suprema Corte. "Vai ser algo absolutamente inusitado", considerou.
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