sexta-feira, 13 de março de 2009

Gates retorna ao posto de homem mais rico do mundo


Os magnatas americanos voltaram a liderar a tradicional lista dos homens mais ricos do mundo da revista Forbes, com o fundador da Microsoft, Bill Gates, retornando ao primeiro lugar, mostra de que a crise econômica também mexeu com o bolso dos multibilionários.

Gates, que, no ano passado, ocupava o terceiro lugar neste seleto clube de multimilionários, viu sua riqueza líquida diminuir em US$ 18 bilhões entre 2007 e 2008, para US$ 40 bilhões, devido, em grande parte, à depreciação de 45% das ações da Microsoft.

No entanto, a redução da fortuna deste empresário certamente é mínima em comparação com muitos companheiros da lista, que perderam muitos bilhões de dólares, ou é motivo de inveja para outros que, desta vez, não conseguiram ultrapassar a barreira de US$ 1 bilhão definida pela publicação.

O investidor americano Warren Buffet, com uma riqueza de US$ 37 bilhões, perdeu a liderança exercida em 2008, quando desbancou Gates da primeira colocação, após 13 anos de "reinado" do fundador da Microsoft, e ocupa agora a segunda posição, após perder US$ 25 bilhões.

O empresário mexicano Carlos Slim e família, com uma riqueza líquida de US$ 35 bilhões e no terceiro lugar da relação, completa o trio dos mais ricos do planeta, uma honra que já tinha conseguido em 2008, mas, na ocasião, ocupou a segunda posição, com US$ 25 bilhões a mais que neste ano.

Nos dez primeiros lugares da relação, Gates, Buffett e Slim são seguidos por outros "colegas" do ano passado, como o empresário sueco e criador das lojas de móveis e objetos para o lar Ikea, Ingvar Kamprad e família (US$ 22 bilhões), que sobe da sétima à quinta colocação.

O empresário alemão Karl Albrecht, com US$ 21,5 bilhões, passou do décimo ao sexto lugar graças aos lucros obtidos com sua rede de supermercados Aldi.

Os empresários indianos Mukesh Ambani, com US$ 19,5 bilhões, e Lakshmi Mittal, com US$ 19,3 bilhões, descem para o sétimo e oitavo lugares, após terem ficado entre os cinco primeiros em 2008.

O americano Lawrence Ellison, co-fundador e executivo-chefe da Oracle, subiu para o quarto lugar da lista, com US$ 22,5 bilhões, enquanto o alemão Theo Albrecht, com US$ 18,8 bilhões, se incorpora também ao grupo, ao passar do 16º ao nono lugar.

O empresário espanhol Amancio Ortega, fundador do grupo têxtil Inditex e que calcula-se que tenha uma fortuna líquida de US$ 18,3 bilhões, também protagonizou uma escalada fulgurante e passa da 22ª posição em 2008 à décima, mesmo tendo perdido US$ 1,9 bilhão.

A fortuna conjunta dos dez mais ricos soma US$ 254 bilhões, comparado com US$ 426 milhões em 2008, o que deixa claro que até os empresários e investidores mais sábios sentiram no bolso o peso da crise.

Caso a perspectiva se amplie, a diminuição da riqueza nos últimos 12 meses é ainda mais evidente, pois de 1.125 milionários na lista de 2008, o número deste ano caiu para 793. Esta foi a primeira vez desde 2003 em que houve uma queda.

Aqueles que passaram pelo patamar estabelecido pela Forbes, que representam cerca de 50 países, acumulam em conjunto uma riqueza de US$ 2,4 trilhões, frente a US$ 4,4 trilhões no ano passado.

As fortes perdas registradas por muitos empresários russos e asiáticos permitiram que os americanos dominem novamente entre os super-ricos e que ocupem dez dos 20 primeiros postos, quando, em 2008, só apareciam em quatro lugares.

A crise financeira originada nos Estados Unidos e que contagiou o resto do mundo não impediu que esse país continue contando com o maior número de milionários: 359 indivíduos, que acumulam uma riqueza de US$ 1,1 trilhão, frente a US$ 1,6 trilhão em 2008.

Além disso, Nova York, com 55 milionários, desloca Moscou, com 27, como a cidade que abriga mais ricos, seguida de Londres, com 28.

O prefeito nova-iorquino, Michael Bloomberg, com US$ 16 bilhões, é o habitante mais rico na cidade.

Bilionários da Índia, Rússia e Turquia perderam espaço, em um claro sinal dos efeitos globais da crise.

O empresário Eike Batista pulou do 142º para o 61º lugar e é o brasileiro mais bem colocado. Ele aparecia com uma fortuna calculada em US$ 6,6 bilhões, valor que pulou para US$ 7,5 bilhões este ano.

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