A filial da transnacional americana Cargill na Venezuela afirmou nesta quinta-feira que a unidade processadora que será desapropriada pelo governo por não produzir arroz branco, vendido por preço tabelado, foi construída apenas para elaborar o tipo parboilizado.
Em comunicado, a Cargill da Venezuela expressou que "espera a oportunidade de esclarecer sua situação perante o governo da Venezuela", e afirmou que "respeita as decisões" do Executivo do país.
A empresa, que atua em várias unidades no país desde 1986, destacou ainda "seu compromisso de produção de alimentos na Venezuela, apegado às leis e normas vigentes".
Nesta quinta-feira, começou o processo de desapropriação de uma unidade processadora de arroz da Cargill localizada no estado de Portuguesa, no oeste venezuelano, por ordem do presidente Hugo Chávez.
O ministro da Agricultura, Elías Jaua, afirmou hoje que está à espera de "um acordo amigável" com os responsáveis da Cargill, para definir o valor da indenização respectiva que o Estado venezuelano deverá pagar pela instalação.
Chávez anunciou a nacionalização da unidade da Cargill nesta quarta-feira, após comprovar que na mesma não há a produção de arroz branco.
O líder do país disse que o fato de que a planta só produza arroz parboilizado, de venda sem preço regulado, constitui uma "flagrante violação" às leis locais sobre soberania e segurança alimentar, já que, entre outras coisas, essa situação produziu uma aguda escassez de arroz branco nessa região do país.
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