O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira o plano de estímulo econômico proposto pelo governo do presidente Barack Obama, com valor de cerca de US$ 838 bilhões.
Com o apoio restrito dos republicanos, o Senado, de maioria democrata, aprovou o pacote por 61 votos a 37, com diferenças significativas em relação à proposta de US$ 819 bilhões aprovada na Câmara dos Representantes (deputados).
O texto aprovado nesta terça-feira é resultado de um acordo entre a maioria democrata e três senadores republicanos moderados, Susan Collins, Arlen Specter e Olympia Snowe, que aceitaram votar a favor do plano depois de cortar gastos na versão anterior do projeto, que previa quase US$ 940 bilhões.
"Se ele ficar mais caro ou se houver desperdício de gastos, então será muito difícil para nós apoiar (o plano)", disse a senadora Collins.
O Senado cortou gastos incluindo US$ 16 bilhões para construção de escolas e US$ 40 bilhões de em ajuda direta a Estados que estejam enfrentando crescentes déficits orçamentários.
Obama afirmou que quer recuperar parte do dinheiro reservado para a educação. O líder da maioria no Senado, Steny Hoyer, alertou que as negociações podem se estender para o meio da próxima semana.
No entanto, o presidente dos EUA já disse que quer finalizar este processo antes do dia 16 de fevereiro, quando começa o recesso parlamentar.
"O tempo do debate sobre o projeto de lei foi produtivo, mas chegou ao fim", declarou Harry Reid, líder da maioria democrata, pouco antes da votação.
O plano aprovado nesta terça-feira no Senado ainda terá que ser conciliado com a versão de US$ 819 bilhões, que foi aprovada na Câmara de Representantes no dia 29 de janeiro. Para isso será criada uma comissão com representantes das duas casas, indicados pelas lideranças partidárias, que terão que resolver as diferenças entre as duas legislações e criar um projeto comum.
Caso os legisladores atinjam um acordo, a Câmara e o Senado terão que votar a proposta conciliada. Em caso de aprovação nesta nova fase, o plano econômico seguirá para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que já anunciou publicamente que espera poder colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro. Segundo o presidente, a intenção com o estímulo é gerar de 3 milhões a 4 milhões de empregos e evitar uma recessão prolongada da economia americana.
O senador Charles Schumer, democrata de Nova York, também mencionou as recentes reduções de empregos. "Na minha opinião, esse pacote deveria ser mais duramente ajustado em direção aos gastos" para criar mais empregos.
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