Andar por uma calçada desenhada por Julian Beever pode causar calafrios. O artista inglês, famoso por produzir um tipo de arte denominada chalk art, na qual os desenhos são pintados no asfalto mas apresentam uma aparência tridimensional, já deu vida a calçadas de países como Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos, Austrália e Bélgica.
O bacana é que Beever tem seguidores aqui pelo Brasil. Um deles, Eduardo Kobra, muralista e grande admirador do trabalho do britânico, pretende fazer algo parecido nas calçadas de São Paulo.
"Já descobri a técnica que ele usa e quero fazer igual. O Beever é um inovador, um dos melhores muralistas do mundo. Esse trabalho que ele faz é inédito no Brasil", disse Kobra.
O trabalho de Beever é conhecido como Pavement Picasso (no português, teríamos algo como Picasso do Chão). Ele cria suas obras utilizando apenas giz como material e sua técnica de projeção é conhecida como anamorfose, que cria uma ilusão de ótica tridimensional quando a imagem é vista a partir de determinado ângulo. O curioso é que seus desenhos, que às vezes levam dias para serem concluídos, podem ser destruídos em segundos, afinal, são feitos de giz.
Em São Paulo, Kobra pretende utilizar a aerografia, técnica que utiliza canetas coloridas em compressores de ar, o que as transforma em uma espécie de spray.
Nos últimos 15 anos, quase todas capitais européias foram contempladas com as ilustrações de Beever. Um dos segredos para imagens e percepções tão perfeitas, segundo o próprio artista, está em colocar uma câmera fotográfica em um tripé, mantê-la em um ponto imóvel e, a todo instante, checar no visor o efeito que o desenhando está ganhando.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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