quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Nova redução de estômago é feita pela boca e não deixa cicatrizes [Cirurgia do estomago]


Nessa semana dois dos primeiros procedimentos não-cirúrgicos para redução de estômago foram realizados em Columbia, nos EUA. Se aprovado pela Food and Drug Administration (Administração de Alimentos e Drogas), será o primeiro procedimento médico do tipo a não deixar uma cicatriz.

Nós já havíamos reportado esta inovação aqui quando estava em testes clínicos, mas agora temos mais detalhes sobre o procedimento. O sistema funciona da seguinte maneira: um aparelho fino e longo chamado de TOGA (Transoral Gastroplasty, ou Gastroplastia Transoral) é inserido oralmente no paciente, chegando ao seu estômago. Lá, ele suga o ar, como um aparelho que produz vácuo, fazendo com que as paredes do órgão se juntem. No fim, resta apenas uma fina passagem, para que a comida seja depositada no fundo do estômago e vá para o intestino após a digestão.

Como a entrada do alimento é “afunilada” os alimentos demoram mais para entrarem no estômago e os pacientes submetidos ao procedimento de redução de estômago dizem se sentir satisfeitos com quantidades menores de comida. De acordo com estudos feitos antecipadamente, essas pessoas tendem a perder aproximadamente 40% de seu excesso de peso no primeiro ano.

Os cirurgiões Brent Miedema e Kalus Thaler, que realizaram os dois procedimentos, dizem que esse tipo de cirurgia do estômago é uma opção válida para aquelas pessoas que precisam perder peso imediatamente, por questões de saúde, como é o caso de pessoas com obesidade mórbida. “O fato de que não vai haver incisões e que não seria necessária uma longa recuperação também é atrativo” diz Rosie Edwards, uma das pacientes.

“Não é uma dieta que vai provocar o efeito ioiô ao qual estou acostumada. É algo mais permanente” afirma Edwards, que pesava 107 quilos.

De acordo com os médicos, os resultados finais dos procedimentos realizados só poderão ser analisados daqui a um ano. Estima-se que, quando vir a mercado, uma interferência médica dessas custe em torno de 11.500 dólares (R$ 26.680).

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