Desde 1º de setembro do ano passado, quando a crise econômica mundial iniciou seu período mais crítico, até 16 de fevereiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não se recuperou das perdas. No entanto, quem aproveitou a oportunidade de maiores baixas para investir, conseguiu lucrar até 89% com ações no período de turbulência do mercado.
O índice Ibovespa teve uma valorização de 45,25% entre o dia 27 de outubro (quando, aos 29.435 pontos, chegou ao menor patamar do período) e 6 de fevereiro (dia em que atingiu 42.755 pontos, maior valor).
Juntamente ao Ibovespa, suas principais ações também apresentaram altas no período. Os papéis preferenciais da Petrobras subiram 49,64%; os da Vale, 57,36%; do Bradesco, 18,23%; da BM&F, 89,78%; e do Itaú, 49,43%.
"Se a pessoa não tinha ação e entrou nesse momento (de baixa), fez um bom negócio", afirmou o economista Fausto Gouveia, da Infra Asset Manegement. "Quem só especulou, esse sim se deu bem. Aproveitou o ciclo de baixa grande e agora pode estar realizando lucro", completou.
Por outro lado, Gouveia disse que quem possuía ações no início de setembro e optou por não investir no período, perdeu dinheiro. Apesar da tendência de recuperação que o mercado mostra em 2009, as ações ainda não retornaram ao patamar visto antes do pior momento da crise. O Ibovespa, por exemplo, tem uma baixa de 24,15% entre 1º de setembro e 16 de fevereiro.
A mesma tendência é vista nas principais ações negociadas no Ibovespa. O papel da Petrobras, por exemplo, valia R$ 34,21 no início de setembro, e em 16 de fevereiro, estava em R$ 28,92.
"O mercado está em um ciclo de volatilidade muito forte", afirmou Fausto Gouveia, explicando que não é garantido que as ações voltem ao patamar anterior à crise. "O mercado ainda não encontrou um ponto de equilíbrio".
Gouveia afirmou que, para investidores que pretendem entrar no mercado, já há papéis atrativos, como de bancos, Petrobras, Vale e do setor siderúrgico. Mas alerta: investir agora é válido apenas "se for uma visão de longo prazo".
Na opinião do economista, o mercado "ainda está muito perigoso", e pode se recuperar em seis ou oito meses. "Talvez haja recuperação no último trimestre do ano", completou.
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