A América Latina vai demorar entre um e três anos para superar os efeitos da crise financeira mundial, estimaram banqueiros da região, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Federação Latino-americana de Bancos (Felaban), que reúne mais de 500 instituições da região.
Dois em cada três dos cerca de 100 executivos do setor bancário de 19 países da região, entrevistados pelo estudo, disseram acreditar que a crise afetará os mercados financeiros de seus países por um período de um a três anos.
A pesquisa, realizada no fim de 2008, destaca que os banqueiros mexicanos foram mais otimistas que os da América Central e do Sul.
Seis em cada dez pesquisados calculam que haverá escassez de financiamento para suas instituições. Outros efeitos da crise esperados pelos banqueiros são uma redução das remessas e uma queda das operações de comércio exterior.
Além disso, os executivos prevêem uma jornada difícil para donos de pequenas e médias empresas, que já que haverá menos crédito no mercado e juros mais altos para este tipo de iniciativa.
"Os bancos latino-americanos são, em geral, sólidos, líquidos, com boa liquidez e baixa morosidade, níveis de armazenamento e adequação de capital acima dos níveis dos acordos da Basiléia", ressaltou o presidente da Felaban, Ricardo Villela-Marino.
A situação "certamente permitirá que os países e bancos latino-americanos atravessem a crise internacional em condições melhores que no passado, e assim continuarão atendendo esses segmentos do mercado", apontou.
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