sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fidel critica Obama por Guantánamo e cumplicidade com Israel

O líder cubano Fidel Castro advertiu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o fato de que Cuba não mudará seu sistema político para recuperar Guantánamo, além de acusá-lo de compartilhar com Israel "o genocídio" contra a Palestina, segundo artigo série "Reflexões", divulgado nesta quinta-feira.

Em seu primeiro comentário feito contra Obama, Fidel afirmou que "a exigência de uma mudança" no regime político é "um preço contra o qual Cuba lutou por meio século".

O ex-presidente de 82 anos disse ainda que Obama segue a política do governo de George W. Bush para o Oriente Médio e, nesse sentido, responsabilizou o novo presidente "por compartilhar o genocídio contra os palestinos".

O líder cubano diz que Obama e seu vice, Joe Biden, decidiram "apoiar decididamente a relação entre Estados Unidos e Israel, e consideram que o incontrovertível compromisso no Oriente Médio deve ser a segurança de Israel".

"Os Estados Unidos nunca se distanciarão de Israel, e seu presidente e vice-presidente 'acreditam decididamente no direito de Israel a proteger seus cidadãos'", escreveu Fidel, citando declarações oficiais dos EUA.


O artigo de Fidel, intitulado "Decifrando o pensamento do novo presidente dos Estados Unidos", diz que "não é demasiadamente difícil", já que "o caráter abusivo do poder do império" não mudou.

"Após sua posse, Barack Obama declarou que a devolução do território ocupado pela base naval de Guantánamo a seu legítimo dono deveria ser contrabalançada, primeiramente, com o menor comprometimento ou não da capacidade defensiva dos Estados Unidos", diz o texto do líder cubano.

"Manter uma base militar em Cuba contra a vontade de nosso povo viola os mais elementares princípios do direito internacional. É uma faculdade do presidente dos Estados Unidos acatar essa norma sem condição alguma", acrescenta o artigo. "Não respeitá-la constitui um ato de soberba e um abuso de seu imenso poder contra um pequeno país."

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