quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cuba elogia decisão da OEA, mas não quer voltar à organização

O governo cubano elogiou nesta quarta a decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que revoga sem condições a suspensão da ilha do organismo, que vigorava desde 1962, segundo um comunicado divulgado pela televisão estatal.

"Em um dia histórico e de reivindicação para os povos de nossa América, a Assembléia Geral da OEA revogou hoje sem condições a resolução pela qual a Cuba foi expulsa da organização", informa a nota oficial, que reitera que Havana não quer retornar ao organismo continental.

"Cuba não pediu nem quer voltar à OEA, cheia de uma história obscura e entreguista, mas reconhece o valor político, o simbolismo e a rebeldia que entranha esta decisão impulsionada pelos Governos populares da América Latina", acrescenta o comunicado.

Segundo o governo cubano, "apesar de pressões, condicionamentos e manobras dos Estados Unidos, a força formidável da América Latina que está nascendo possibilitou o gesto de reparação, a retificação histórica, a condenação implícita ao passado degradante".

"Como afirmou (o ex-presidente) Fidel (Castro) em sua Reflexão de ontem (terça-feira) à noite, Cuba não é inimiga da paz, nem reticente à troca e à cooperação entre países de diferentes sistemas políticos, mas foi, é e será intransigente na defesa de seus princípios", reiterou a nota oficial.

O texto acrescenta que é "um dia histórico este 3 de junho, no qual felicitamos Raúl (Castro, atual presidente) em seu aniversário por ser protagonista, junto a Fidel, destas duras e vitoriosas batalhas de nosso povo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário