sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Foliões devem ter cuidado com a 'doença do beijo'


Eles só pensam em beijar. Mas os jovens que estão na expectativa para curtir o carnaval e muita azaração durante a folia devem ter cuidado com a chamada "doença do beijo".

No jargão científico a mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr, considerado altamente contagioso e é transmitida, principalmente pela saliva, mas também pode infectar por transfusão sangüínea ou contato sexual. O principal alvo são adolescentes e jovens adultos.

"Os principais fatores são as más condições de higiene pessoal e grande concentração de pessoas em pequeno espaço, propiciando uma maior aglomeração, o que facilita a dispersão do vírus no ambiente", explica a médica infectologista do Lâmina Medicina Diagnóstica/ DASA, Isabela Baraúna.

Sintomas
Seus principais sintomas são dor de garganta, febre, mal estar, fadiga, aumento de gânglios que ficam dolorosos, aumento de fígado e baço. Cerca de 10% dos casos apresentam erupção cutânea deixando a pele avermelhada e com aspecto de lixa. Estas alterações cutâneas podem estar presentes em até 100% dos pacientes que se submeteram a tratamento inapropriado com antibióticos, como penicilinas.

Segundo a infectologista, os antibióticos não têm indicação no tratamento da mononucleose, já que se trata de uma virose. Estes só estão indicados quando a mononucleose se complica com algum processo bacteriano.

"Não existe tratamento específico para a mononucleose infecciosa, o que fazemos é tratar os sintomas. A prevenção também é difícil, uma vez que, até o momento, não existe vacina disponível. Geralmente, a virose não é fatal, mas podem ocorrer complicações, tais como meningite, encefalite, anemia hemolítica e, em casos mais graves, ruptura de baço", explica a médica.

O diagnóstico nem sempre é fácil, uma vez que outras viroses podem apresentar quadro clínico semelhante, entretanto, o médico baseia-se na história epidemiológica, quadro clínico e em exames complementares sugestivos.

Exames laboratoriais, como hemograma completo, podem apresentar presença de linfócitos atípicos, orientando o médico que deve se tratar, provavelmente de quadro viral.

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