Empresas de todo o mundo anunciaram nesta segunda-feira que planejam demitir milhares de funcionários, para se preparar para um 2009 que, em seu primeiro mês, se apresenta repleto de más notícias. Pelo menos 67,9 mil vagas de emprego foram extintas neste dia.
As medidas mais drásticas neste sentido foram anunciadas nesta segunda-feira pela indústria de maquinaria de construção Caterpillar, que cortará 20 mil empregos em todo o mundo - o que equivale a 18% de seu quadro de funcionários. De acordo com dirigentes da empresa, o corte tornou-se uma necessidade para que a empresa consiga sobreviver ao "ano mais fraco do pós-guerra".
No setor farmacêutico, o laboratório Pfizer informou primeiro sobre a compra do concorrente Wyeth, para em seguida comunicar a demissão de 10% de seus empregados até 2011, com o objetivo de economizar US$ 2 bilhões. Com a fusão, a Pfizer passa a ter 137 mil funcionários em todo o mundo.
Já a operadora de telecomunicações Sprint Nextel apresentou, nesta segunda-feira, um plano de reestruturação que prevê a eliminação de 8 mil postos (14% de seu efetivo total), cuja meta é alcançar "uma estrutura de custos competitiva, além de se manter financeiramente saudável neste ambiente econômico difícil".
Constatando uma queda brutal de suas vendas, diretamente afetadas pela crise do setor imobiliário, a rede de material de construção, móveis e produtos para casa e jardim Home Depot anunciou que precisará demitir 7 mil empregados (2% de seu quadro).
Os cortes decididos por Caterpillar, Sprint Nextel e Home Depot nesta segunda-feira devem começar a se concretizar antes do fim de março.
A montadora General Motors (GM), atualmente acompanhada de perto pelas autoridades americanas - que injetaram US$ 4 bilhões em seu esvaziado cofre em dezembro -, planeja suprimir 2 mil empregos, em conseqüência da paralisação técnica imposta a várias de suas fábricas na América do Norte nos últimos meses.
O grupo holandês de banco e seguros ING anunciou que demitirá 7 mil funcionários em todo o mundo em 2009, como parte de um plano de corte de gastos de 1 bilhão de euros.
A gigante holandesa da eletrônica Philips demitirá 6 mil pessoas em todo o mundo em 2009 em consequência da crise econômica mundial que afeta os resultados da empresa, anunciou o presidente do grupo, Gerard Kleisterlee.
A indiana Corus, segunda maior empresa siderúrgica na Europa, anunciou um plano para cortar 3,5 mil empregados no mundo, dos quais 2,5 mil na Grã-Bretanha. A siderúrgica, propriedade da indiana Tata Steel, indicou que o corte é resultado da crise na indústria do aço.
Bob Hudson, secretário do sindicato dos metalúrgicos britânico disse que está entre os demitidos da Corus.
No setor bancário britânico, o banco Ulster, da Irlanda, parte do Royal Bank of Scotland, anunciou o corte de mais de 700 empregos.
Montadoras
As montadoras Fiat e Toyota não anunciaram demissões, mas temem pelos empregos de 130 mil. O executivo-chefe da empresa italiana, Sergio Marchionne, afirmou que 60 mil trabalhadores do setor automotivo podem perder seus empregos se não houver ajuda por parte do governo italiano.
Já a Toyota, maior fabricante de automóveis no mundo, disse que irá reduzir a produção para manter o emprego de 70 mil trabalhadores em tempo integral, informou o jornal Yomiuri. Em 2009, serão fabricados menos de 3 milhões de veículos no Japão. Quantidade inferior a essa não é registrada desde 1979.
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