Pelo menos dez mulheres procuraram ontem o Ministério Público do Estado de São Paulo para denunciar abusos sofridos pelo médico Roger Abdelmassih, 65 anos, considerado um dos maiores especialistas de fertilização in vitro no Brasil. Com isso, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, chega a 61 o número de ex-pacientes que denunciaram o médico por crimes sexuais.
O promotor José Reinaldo Carneiro afirmou que o número de denúncias cresceu após o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado, no domingo, uma entrevista com Abdelmassih, na qual ele diz que as mulheres podem ter sofrido alucinações provocadas por um anestésico usado durante o tratamento, o propofol.
O médico afirmou que pesquisas científicas mostram que o sedativo usado na clínica pode causar "comportamento amoroso" e "alucinações com conotação sexual" nas mulheres.
De acordo com a Folha, o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, Luiz Antonio Vane, disse que esse possível comportamento amoroso é um "evento raríssimo", "que pode ocorrer em menos de 1% dos pacientes".
A fotógrafa Monika Bartkevitch, 43 anos, foi a primeira mulher a fazer uma acusação pública contra o médico, que teria tentado beijá-la quando estava em tratamento há nove anos.
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