A China disse nesta quinta-feira que a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio, que se arrasta há sete anos, deve ser retomada em julho, e que o eventual acordo será capaz de oferecer o estímulo de que a economia mundial tanto necessita.
O ministro chinês do Comércio, Chen Deming, disse depois da cúpula do G20 em Londres que as intermitentes negociações serão retomadas quando da reunião de cúpula de julho envolvendo o G8 (grupo de países industrializados) e países emergentes e em desenvolvimento.
"Devemos avançar a Rodada de Doha de negociações para sair da crise e estimular o crescimento econômico global", disse Chen.
Ele calculou que um eventual acordo sobre produtos agrícolas pode representar um estímulo econômico de US$ 150 bilhões, enquanto os benefícios para o setor industrial poderiam alcançar US$ 1 trilhão.
"Este enorme investimento em estímulos está bem além da capacidade fiscal de qualquer governo", afirmou.
A Rodada de Doha foi lançada em 2001, com o objetivo de reduzir as barreiras comerciais. Ela foi interrompida pela última vez no ano passado, por causa de discordâncias entre EUA e Índia a respeito de salvaguardas para agricultores de países pobres.
Pequim promete flexibilidade na Rodada de Doha, e vários membros da OMC, inclusive Estados Unidos e União Europeia, manifestaram recentemente a intenção de retomar o processo, em um momento em que o comércio global deve cair pela primeira vez desde 1982.
A China, segundo maior exportador do mundo (atrás da Alemanha), respondeu em 2007 por 8,7% do total global de exportações de mercadorias, de acordo com a OMC.
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